Um
dos velhos sucessos do “rei” Roberto Carlos perguntava se “será que tudo que eu
gosto e ilegal, é imoral ou engorda?”
Como
Dody Sirena, que cuida dos contratos de Roberto Carlos, é o “empresário” do
candidato Sérgio Moro – eu confesso que nunca vi “empresário de candidato” – é
o máximo, não é? – diante da notícia de que um grupo de operadores financeiros
negociou um pagamento de R$ 77 mil à empresa do ex-juiz para que ele expusesse,
em petit comité, os seus projetos para o Brasil, cabe lembrar disso.
E
ler a história, em detalhes, apurada pelo The Intercept.
Como
Dody, como intermediário, embolsou R$ 33 mil pelo arranjo, certamente terá
pronto um “e daí” sobre a mutreta.
Como
não é oficialmente candidato, provavelmente não é ilegal que Moro receba esta
“bufunfa” dos empresários. Mas é imoral e engorda a já adiposa “caixinha” do
moralista, já lotada pelos R$ 3,5 milhões (se é que foi “só” isso) que recebeu
da multinacional encarregada de administrar os cadáveres da Odebrecht e da OAS.
Moro
não está à míngua, muito ao contrário. Recebe R$ 22 mil mensais do partido
Podemos para representá-lo e a grana gringa é suficiente para bons
investimentos. . Mas, como prova o The Intercept, usa a plataforma de
candidato para ganhos privados e secretos.
Se
não fosse candidato em campanha, mas apenas um cidadão, poderia cobrar o que
quisesse e achasse trouxas para pagar. Mas fazer isso como candidato uma
completa falta de ética, que a grande mídia jamais perdoaria, por exemplo, a
Lula, Ciro Gomes ou mesmo a Jair Bolsonaro, se quisermos descer ao poço mais
profundo de falta de escrúpulos.
A
gula do ex-juiz não conhece limites e certamente está ganhando muito não só
neste, mas em outros “compromissos de campanha”.
Tijolaço.