terça-feira, 9 de novembro de 2010

REBELIÃO NO MARANHÃO CHEGA AO FIM E 18 PRESOS SÃO MORTOS

Motim durou mais de 28 horas e polícia encontra 3 armas de fogo em poder dos detentos

Chegou ao fim, por volta das 13h30, a rebelião no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão. Após mais de 28 horas de motim, os presos libertaram os últimos agentes penitenciários feitos de reféns - Carlos de Araujo, Daniel Pereira Rodrigues e José da Conceição.

A rebelião, que teve início às 9 horas de segunda-feira, termina com um balanço de 18 mortes, sendo 15 delas no Anexo III. No início das negociações, os detentos entregaram nove corpos à Polícia em troca de alimentos. Durante o motim outros dois agentes penitenciários ficaram sob o poder dos detentos – Ivo Vagner de Mesquita Melo e Manoel Costa de Jesus Filho.

De acordo com a SSP, uma briga entre facções, dentro do presídio, teria motivado o início do motim, quando os presos dominaram um agente penitenciário que fazia a vistoria. Após o término da rebelião, a Tropa de Choque realizou a revista dentro do presídio e foram encontrados outros seis mortos. Na vistoria também foram encontradas três armas de fogo, sendo duas calibre 38 e uma 32.

Os detentos exigiram a presença do pastor Marcos Pereira para realizar um culto pouco antes da libertação dos últimos reféns. A SSP informou que dois negociadores atuaram nas conversas com os presos. As principais exigências dos detentos eram a substituição do diretor da penitenciária, Luis Henrique Pena de Freitas, pedido que foi negado; a manutenção no sistema de abastecimento de água; e a aceleração no processo de análise das ações judiciais dos detentos, exigências que foram aceitas nas negociações.

A rebelião no Anexo III impediu que presos de outras unidades do Complexo tivessem direito ao banho de sol, o que motivou uma segunda rebelião. O motim aconteceu na Central de Custódia, e teve início por volta das 9 horas desta terça-feira, e deixou outros três presos mortos. Os homens da Tropa de Choque entraram na penitenciária e conseguiram controlar os presos.

Márcio Apolinário, especial para o iG

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