sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Veja como foi o debate da TV Mirante

Pode não ter havido um vencedor do debate eleitoral com os candidatos à prefeitura de São Luís promovido pela TV Mirante na noite desta quinta-feira, contudo é quase unanimidade entre os que assistiram ao embate, principalmente nas redes sociais, que a candidata Eliziane Gama (PPS) se destacou entre os demais postulantes ao Palácio La Ravardière.
 (Foto: Zeca Soares/G1)
Bem segura, a deputada abordou com firmeza todos os temas que foram levantados. Tranquila, com a aparência serena e alegre, Eliziane mostrou conhecimento de causa dos problemas enfrentados em São Luís e apontou propostas viáveis para resolvê-los. Sem dúvida, Gama foi, entre os partcipantes, o que melhor tirou proveito do debate – resultado que certamente refletirá positivamente nas urnas em seu favor.

Por outro vértice, o ponto negativo foi o atrapalho do mediador, o jornalista da Rede Globo, Tonico Ferreira. Por várias vezes demonstrou inaptidão na condução do debate, ora confundindo a ordem da participação dos candidatos, ora demonstrando falta de conhecimento das regras. Fato que ocasionou a irritação dos próprios prefeituráveis. Falhas que não poderiam ter ocorrido em se tratando de padrão Globo.

Abaixo, o blog faz um breve resumo da participação dos outros candidatos:
João Castelo (PSDB): Atual prefeito e com a experiência larga acumulada em mais de 40 anos de vida pública, era previsível que tivesse um desempenho proveitoso. Com a tranquilidade de sempre e a firmeza/convicção nas respostas, o alcaide soube falar com propriedade de algumas ações do seu governo e do que tem como meta caso seja reeleito. Sagaz e astuto, o tucano conseguiu, de forma inteligente, desarmar as pegadinhas que foram preparadas pelos adversários. Em contrapartida, poderia ter dado mais detalhes de projetos importantes da sua administração, como o VLT e do Corredor Urbano de Transporte. Nota: 8,5.

Edivaldo Júnior (PTC): Sem o nervosismo exacerbado de antes, procurou falar de propostas (mesmo que ainda um pouco de forma metódica e mecanizada) e não reagiu as críticas dos adversários, entre os quais Haroldo Saboia, que levantou questões polêmicas como o projeto GPS nos ônibus, a colaboração do deputado federal Weverton Rocha na sua campanha e a participação que teve na gestão do prefeito João Castelo, tudo no intuito de desestabilizá-lo. No somatório, saiu-se bem e atingiu o escopo principal: passar para o público o que pensa para a cidade de São Luís caso seja conduzido ao cargo de prefeito. Nota: 8,0.

Washington Luiz (PT): O vice-governador passou pelas mesmas dificuldades de sempre. Falta de expressão, instabilidade, nervosismo, problemas de dicção e insegurança na fala prejudicaram sua atuação. Mesmo assim, demonstrou preparo quando discorreu sobre o seu programa de governo voltado para as áreas de turismo e cultura. Foi o candidato que delineou os melhores compromissos para a cidade neste dois setores, apesar da maneira apática que os fez. De mais a mais, implicou negativamente o fato de o petista ser vice-governador e ser confrontando com entraves que cabe ao governo do qual faz parte resolver, como a falta de água nos bairros, a poluição das praias e a insegurança. Nota: 6,0.

Tadeu Palácio (PP): Também tarimbado, haja vista que foi prefeito por duas vezes de São Luís, mostrou que conhece os problemas da capital. A tônica de que irá acabar com a falta de água e a promessa de um grande hospital para a área Itaqui-Bacanga podem lhe garantir uns votos a mais nesta reta final de campanha. A eloquência e o carisma, marcas notadamente reconhecidas do seu perfil político, também marcaram a sua participação no debate. Pelo lado transverso, foi arguido a questão de ter sido prefeito duas vezes e não ter feito o que promete à época agora não inspira confiança do eleitor. Nota: 8,0.

Haroldo Saboia: De inteligência e capacidade incontestável, o postulante do PSOL colocou ideias diferenciadas e de não menos importância para o progresso e a melhoria da qualidade de vida da população. Pecou por incorrer no erro de perder tempo atacando e provocando os adversários. Poderia ter aproveitado para firmar mais  compromissos com a população. O “Boa Tarde” foi de lascar, mostrou desatenção. Nota: 7,5.

Do JP 

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