Carlos Lima
Carlos Fernando dos
Santos Lima, um dos principais procuradores da força-tarefa da Lava Jato em
Curitiba, afirmou que o acordo de delação premiada da Odebrecht pode levar
ainda, pelo menos, alguns meses ou sequer ser finalizado. Um dos braços de
Sérgio Moro nas investigações assumiu que interesses do governo de Michel Temer
podem interferir.
Muito estranho que a “brava
força tarefa do MPF” por meio de seu prepotente e “valente" procurador Carlos
Lima, que sempre negou ter posição partidária, seletiva e lado, após golpearem
um governo legítimo, sem desassombro, agora amarela, se acovarda, e em recente
reportagem a Reuters alega um rosário de dificuldade para prosseguir com a lava jato,
coisa que quando o alvo é Lula e o PT, não existem.
Tudo isso não passa mesmo
de um grande engodo, pois quando as investigações começam a fugir de seus
interesses se aproximando dos seus protegidos, fazem corpo mole apontando uma
série de dificuldades, fazendo crer que o aparato montado pelo MPF, PF e o
Judiciário (Moro), usurpando competência constitucional e cometendo gritantes ilegalidades.
Imagine-se, agora precisa de apoio político do governo. Durma-se com um embuste
desses. Veja abaixo o que disse o Procurador.
"Não tenho confiança absoluta em fechar um
acordo, porque estamos num ambiente de instabilidade institucional no Brasil.
(...) Não sei se há interesse do governo federal em que essas colaborações se
efetivem. Boa parte do que é falado nessas colaborações, e não estou falando só
da Odebrecht, se refere a personagens políticos que foram ou são do
governo", admitiu o procurador.
"Não há um acordo firmado com a Odebrecht,
não há nenhum acordo. Existem muitos detalhes para resolver", disse o
procurador à agência de notícias
Reuters. Segundo a reportagem, o aguardado acordo de delação de Marcelo ou
outros executivos da empreiteira com os investigadores, a nível da Justiça
Federal do Paraná, pode não ser fechado "devido à resistência de políticos".
A negativa ocorre após
notícias darem conta de que os depoimentos de executivos, como o de Pedro
Novis, ex-presidente da Odebrecht, recaírem
sobre o tucano José Serra, ministro de Relações Exteriores, além de outras
delações envolvendo o próprio governo de Michel Temer e sua grande base aliada.
"Todas essas negociações são muitos
complexas, demoram muito para terminar porque envolvem muitos fatos, muitos
pessoas", negou Lima, nesta quinta-feira (27) em entrevista ao jornal
em seu escritório em Curitiba, onde a Polícia Federal, procuradores e o juiz
federal Sérgio Moro vêm conduzindo a Lava Jato.
Em mais de uma vez,
o procurador da República negou que haja avanços no acordo com a Odebrecht,
seja com os funcionários e ex-executivos, seja de leniência a nível do
Ministério Público Federal com a empresa. A reportagem consultou os advogados
da Odebrecht, que afirmaram que não poderiam falar sobre negociações em
andamento com os investigadores.
Após inicialmente
negar colaborar com a Lava Jato, desde a sua prisão em 2015, Marcelo Odebrecht
resolveu informar o que sabe, com o intuito de abrandar a sua pena de 19 anos
em prisão em Curitiba.
Lima, que vê
possibilidades de conseguir boas informações na Lava Jato, admitiu que acordos
desse tipo que interferem membros do governo Temer podem representar uma ameaça
para o próprio andamento da investigação.
Citou como exemplo o
projeto de Lei de Abuso de Autoridade, em tramitação no Congresso e defendida
pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Estão, na verdade, desincentivando que as
pessoas investiguem, é muito simples", disse Lima.
"Não
tem realmente proteção em relação a sua investigação e não ser ameaçado pelo
poder político, e isso vai impedir que novos casos apareçam. Por que eu vou
arriscar e fazer isso se eu ganho o mesmo salário no final do mês se eu não
fizer absolutamente nada?", completou.
Com informações do GGN/Reuters
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