Alexandrino Alencar
Os investigadores da operação lava jato e a Procuradoria-Geral da
República rejeitaram acordo de delação premiada com o ex-diretor da Odebrecht
Alexandrino Alencar, um dos executivos da empreiteira mais próximos de Lula; a
versão do executivo, que nega que a reforma no sítio de Atibaia (SP) tenha sido
uma contrapartida ao ex-presidente por contratos da Odebrecht como o governo
federal, não parece ter agradado à cúpula da investigação.
A versão oficial do grupo da lava jato, segundo a Folha de S. Paulo, é
de que as informações de Alencar seriam incompletas e de que haveria indícios
de que ele protegeria alguns dos personagens de seu depoimento, como o próprio
Lula.
"Reservadamente, Alencar tem relatado que um dos fatores que
incomodaram os procuradores, por exemplo, foi insistir que Lula, de fato, fez
as palestras pagas pela Odebrecht. Para os investigadores, parte delas não foi
realizada e há indícios de casos de superfaturamento.
Outro empecilho é que Alencar tem versão contrária à hipótese dos
investigadores sobre a empresa Exergia Brasil, do sobrinho da primeira mulher
de Lula Taiguara Rodrigues, que foi alvo de denúncia do Ministério Público
Federal nesta segunda (10). A Exergia foi subcontratada pela Odebrecht para
atuar em obras em Angola. Os empreendimentos contaram com recursos do
BNDES."
Do 247
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