Fotos do Mídia Ninja e Jornalistas Livres
Milhares em
todo o Brasil foram às ruas neste 31 de março preparando a greve geral; Temer
sanciona terceirização em dia de desemprego e impopularidade recordes.
O usurpador
Michel Temer confia que o apoio da mídia, que ele comprou mantendo
a desoneração da folha de pagamentos do setor, será o suficiente.
Com milhares
de pessoas protestando em todo o Brasil contra as reformas da Previdência
Social e trabalhista, ele sancionou sem vetos a terceirização ampla.
Fez isso
depois de consulta a empresários. O argumento oficial é de que a terceirização
vai criar empregos.
A oposição
afirma que a medida vai precarizar os empregos, aumentar a rotatividade e
reduzir a massa salarial no mercado interno.
A partir da
sanção presidencial, as empresas podem terceirizar mesmo as atividades-fim.
Ou seja, as
empresas jornalísticas podem contratar repórteres terceirizados ou as
companhias aéreas, pilotos indiretamente ligados a elas.
Pesquisam
demonstram que os terceirizados ficam no emprego, em média, 2,7 anos, contra
5,8 anos dos contratados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Segundo a
Central Única dos Trabalhadores (CUT), o terceirizado trabalha em média 3 horas
a mais e ganha 25% a menos que o celetista.
A
terceirização é um ataque à renda que movimenta o mercado interno brasileiro,
fortalecendo ainda mais o ímpeto das exportações num quadro de protecionismo
mundial. Ou seja, é suicídio!
É um recuo
que leva ao Brasil para antes da Era Vargas — o ex-presidente que criou boa
parte das leis trabalhistas hoje em vigor.
A decisão de
Temer acontece no mesmo dia em que o desemprego bateu recorde, atingindo 13,2
milhões de brasileiros, e a popularidade do usurpador atingiu níveis abissais:
55% consideram o governo ruim ou péssimo (CNI/Ibope).
É neste
quadro que as centrais sindicais organizam uma greve geral de advertência no
dia 28 de abril próximo.
Do Viomundo
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