Não
há tergiversação possível: ou se é a favor da lei e das instituições, ou se é
apenas um vociferante membro da torcida, da plebe ignara e inculta que ameaça
invadir os palácios.
As
novas revelações da Vazajato, pela Folha, reforçam os pontos centrais dos
outros vazamentos (aqui):
1.
O não cumprimento dos acordos de delação.
O
acordo de delação exige a mútua confiança de ambas as partes. O réu delata se
houver o compromisso do procurador em cumprir o combinado. A legislação é clara
sobre os termos do acordo.
Um
trecho do acordo mostra que a Lava Jato não seguia nenhum princípio legal nem
ético. Tratava com bandidos e não obedecia sequer a ética dos
bandidos, que é o cumprimento do combinado.
2.
O uso do vazamento como instrumento político.
Esse
trecho é fantástico. Tema da maior gravidade – a crise política e humanitária
da Venezuela -, na qual países mais responsáveis procuram fazer a mediação,
potências globais interferem, a alta diplomacia internacional se digladia. E um
procurador regional do Paraná, deslumbrado, messiânico, provinciano, imaturo a
ponto de ser completamente controlado pelo juiz, tendo nas mãos um inquérito
policial, decide o que é bom ou ruim para os cidadãos venezuelanos.
É
a subversão total de toda ordem institucional e das atribuições dos poderes.
3.
Comando total de Sérgio Moro, exercido através de Dallagnol.
Depois
das discussões, Dallagnol vai até Moro pedir a bênção. E volta com luz verde,
comprovando mais uma vez quem chefiava o esquema.
4.
Cooperação informal ilegal com autoridades de outros países.
Fica
claro na combinação dos procuradores, sobre como atual com a ex-Procuradora
Geral da Venezuela, demitida por Maduro. Acolhem a procuradora, combinam
compartilhar delações, atuações políticas. E ainda entregam o vazador mor do
grupo, um tal de CF, que a Folha presume ser Carlos Fernando.
E
aqui, a combinação para acolhimento clandestino dos venezuelanos.
5. Vazamentos praticadas
pelas três instâncias do MPF.
Nesse
trecho, planeja-se abertamente o vazamento. E mencionam-se fontes internas que
poderiam estar por trás dos últimos vazamentos, tratando como se fosse algo
natural. Não afirmam que a Cooperação Internacional da PGR vazou, mas apontam
com naturalidade essa possibilidade.
Não
há um advogado, juiz ou procurador sério que aceite endossar essas
ilegalidades. Apenas um ou outro jurista ou Ministro, que abdicou do direito em
favor do proselitismo político, ou que já entrou até o meio do pântano da Lava
Jato, sem possibilidade de retorno, esboça alguma defesa desses absurdos.
Nesse
momento, o silêncio é aval para a desmoralização final do Supremo, do
Ministério Público, do Judiciário em geral. Não há tergiversação possível: ou
se é a favor da lei e das instituições, ou se é apenas um vociferante membro da
torcida, da plebe ignara e inculta que ameaça invadir os palácios.
Do
GGN
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