Qualquer um percebe que se formou um “todos por Bolsonaro” no
país, com a vergonhosa entrega da mídia, do Judiciário e de parte dos políticos
convencionais ao favoritismo do candidato fascista.
O Datafolha de hoje segue nessa toada, mas sem conseguir,
entretanto, dar ao candidato da direita o empuxo necessário para evitar que a
decisão fique para o segundo turno.
Publico o dado do G1 porque a Folha optou, a três dias da
eleição, em mudar o critério do cálculo de percentagens, usando o conceito de
“votos válidos”, no qual insere os indecisos, para ampliar as percentagens.
O Datafolha criou, claro, uma confusão que alimenta a ideia –
remotíssima – de que a decisão possa se dar em primeiro turno.
Dá a Bolsonaro (35%) mais que o Ibope de ontem (32%) e a
Haddad (22%) menos que a pesquisa Ibope (23%).
Os dois vão dançando, sincronizados, de forma a que o ânimo
das campanhas, na reta final, “acerte” os números com a realidade que produzem.
Em ambos os casos, porém, a “onda” pró-Bolsonaro não se
confirma no esvaziamento dos demais candidatos, o que é dado da maior
importância, pois estes seriam os primeiros a sofrer com uma disparada do
favorito.
O resto é acerto nos brancos/nulos e indecisos e nas margens
de erro.
E a crença de que “a voz do dono” possa mover o eleitorado.
Tijolaço
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