quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

MA PAGARÁ 28 MIL A DEPUTADOS SECRETÁRIOS

Max Barros (DEM), Roberto Costa (PBMD) e Victor Mendes (PV) receberão R$ 28,9 mil mensais, valor acima do teto do funcionalismo, hoje em R$ 26,7 mil
Os deputados estaduais do Maranhão que assumiram secretarias no governo irão receber R$ 28,9 mil a partir deste mês. O valor ultrapassa o teto do funcionalismo, hoje de R$ 26,7 mil.

A legislação do Estado prevê que deputados que assumirem secretarias recebam uma "retribuição pecuniária" - cujo valor foi reajustado de R$ 6.092 para R$ 8.820 pela governadora Roseana Sarney (PMDB).

O valor da "retribuição" é somado ao salário pago pela Assembleia, já que o secretário pode optar em manter os vencimentos de deputado.

Recentemente, os deputados estaduais maranhenses aumentaram seus subsídios de R$ 12.384 para R$ 20.041 na esteira do reajuste de 61% dados aos deputados federais. O aumento entra em vigor a partir deste mês.

No Maranhão, o salário de secretário é de cerca de R$ 9 mil. Três deputados estaduais eleitos - que tomaram posse ontem - são secretários estaduais: Max Barros, do DEM (Infraestrutura); Roberto Costa, do PMDB (Juventude); e Victor Mendes, do PV (Meio Ambiente). Se o deputado Ricardo Murad (PMDB) - que desistiu de disputar a presidência da Assembleia Legislativa - voltar à Secretaria da Saúde, serão quatro os deputados eleitos integrando o secretariado do governo Roseana Sarney. A reportagem não conseguiu falar com eles.

A medida que aumentou o valor do "abono" foi discutida na semana passada em sessão extraordinária na Assembleia. Mas não foi votada por falta de quorum.

Para o deputado Rubens Júnior (PC do B), o aumento é irregular porque permite que os secretários recebam acima do teto do funcionalismo.

A reportagem solicitou ao governo do estado explicações sobre o pagamento da "retribuição pecuniária" e sobre o aumento no valor, mas até o início da noite de segunda-feira não havia obtido resposta.

(Folha de S. Paulo e Redação do JP)

DEU N'O GLOBO: ROSEANA É DERROTADA NA AL/MA

SÃO LUÍS - A governadora Roseana Sarney (PMDB) amargou na manhã desta terça-feira a sua primeira derrota na Assembleia Legislativa do Maranhão ao não conseguir eleger o seu candidato à presidência, deputado Manoel Ribeiro (PTB), derrotado por 25 a 17 votos, por Arnaldo Melo (PMDB), que contou com o apoio decisivo dos deputados de oposição.

Melo ainda teve o apoio do PT e de deputados da base governista descontentes com a maneira com que ela tentou impor o nome de seu candidato, que até a tarde de segunda-feira, era o seu cunhado, já considerado virtualmente eleito, o deputado Ricardo Murad (PMDB), que retirou a sua candidatura diante da eminente derrota. Clique aqui e leia a íntegra da matéria.

Raimundo Garrone, especial para O Globo

TJ CONVOCA 86 APROVADOS EM CONCURSO

Mais 86 candidatos aprovados no último concurso (Edital nº 001/2009) para os cargos de nível superior e médio estão sendo convocados pelo Tribunal de Justiça do Maranhão para apresentação de exames de saúde e documentação. O edital de convocação (001/2011) encontra-se no Diário da Justiça Eletrônico do dia 31 de janeiro e no Portal do Judiciário, seções "concursos" e "audiência pública".

Estão sendo convocados candidatos aprovados nos cargos de Analista Judiciário - Engenheiro Civil (1); Oficial de Justiça (25) e Técnico Judiciário - Apoio Administrativo (60). Os exames médicos para avaliação de aptidão física e mental devem ser entregues à Junta Médica do TJMA, no prazo de 20 dias, a contar da publicação do edital.
A lista de exames a serem apresentados constam no Edital publicado no endereço eletrônico: aqui 

Audiência pública - Após o prazo de convocação, os candidatos habilitados serão nomeados exclusivamente para a Justiça de 1º grau, conforme estabelece a Resolução nº 013/2008, e deverão escolher a comarca de lotação em audiência pública a ser realizada no dia 21 de fevereiro de 2011, às 8h30, no auditório do Tribunal de Justiça (Praça Pedro II, s/n, Centro, Palácio “Clóvis Bevilácqua”), obedecendo à ordem de classificação.

Os documentos a serem apresentados no dia da audiência constam no item 8.4 do Edital acima citado, disponibilizados no endereço eletrônico: aqui

De acordo com o Edital, o não comparecimento do candidato para apresentar os exames médicos no prazo estabelecido ou para audiência pública caracterizará como não aceita a nomeação, com a conseqüente reclassificação, por uma única vez, para a última posição da lista de classificação do concurso por cargo e especialidade.

(Asscom / TJMA)

COMO VOTARAM OS DEPs NA ELEIÇÃO DA AL/MA

COMO VOTARAM OS DEPUTADOS:
Afonso Manoel - União pelo Maranhão
Alexandre Almeida - União pelo Maranhão
André Fufuca - União pelo Maranhão
Arnaldo Melo - União pelo Maranhão
Birá do Pindaré - União pelo Maranhão
Carlinhos Florenço - União pelo Maranhão
Cleide Coutinho - União pelo Maranhão
Dr. Pádua - União pelo Maranhão
Edilázio Jr. - União pelo Maranhão
Edison Araújo - União pelo Maranhão
Eduardo Braide - União pelo Maranhão
Eliziane Gama - União pelo Maranhão
Francisca Primo - União pelo Maranhão
Gardênia Castelo - União pelo Maranhão
Hélio Soares - União pelo Maranhão
Jota Pinto - União pelo Maranhão
Léo Cunha - União Pelo Maranhão
Luciano Leitoa - União pelo Maranhão
Marcelo Tavares - União pelo Maranhão
Marcos Caldas - União pelo Maranhão
Neto Evangelista - União pelo Maranhão
Raimundo Loro - União pelo Maranhão
Rogério Cafeteira - União pelo Maranhão
Rubens Pereira Jr. - União pelo Maranhão
Zé Carlos - União pelo Maranhão

A MESA DIRETORA FICOU ASSIM:
Arnaldo Melo, presidente
Marcos Caldas (PRB), 1ª vice-presidência
Neto Evangelista (PSDB), 2ª vice-presidência
Francisca Primo (PT), 3ª vice-presidência
Afonso Manoel (PMDB), 4ª vice-presidência
Hélio Soares (PP), 1ª Secretaria
J. Pinto (PL), 2ª Secretaria
Edilázio Júnior (PV), 3ª Secretaria
Cleide Coutinho (PSB), 4ª Secretaria
===
Antônio Pereira - Chapa 2
Camilo Figueiredo - Chapa 2
Carlinhos Amorim - Chapa 2
Carlos Filho - Chapa 2
César Pires - Chapa 2
Graça Paz - Chapa 2
Hemetério Weba - Chapa 2
Manoel Ribeiro - Chapa 2
Max Barros - Chapa 2
Raimundo Cutrim - Chapa 2
Ricardo Murad - Chapa 2
Rigo Teles - Chapa 2
Roberto Costa - Chapa 2
Stênio Rezende - Chapa 2
Valéria Macedo - Chapa 2
Vianey Bringel - Chapa 2
 Victor Mendes - Chapa 2

A CHAPA 2 (DERROTADA) FOI FORMADA ASSIM:
Presidente – Manoel Ribeiro (PTB)
Primeiro vice – Antônio Pereira (DEM)
Segundo vice – Rigo Teles (PV)
Terceiro vice – César Pires (DEM)
Quarto vice – Carlos Filho (PV)
Primeiro secretário – Vianey Bringel (PMDB)
Segundo secretário – Graça Paz (PDT)
Terceiro secretário – Valéria Macedo (PDT)
Quarto secretário – Roberto Costa (PMDB)

Fonte: JP

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

PREFEITURAS DO MA “CLONARAM” NOTAS FISCAIS

ÁGUA DOCE E SEN. LA ROCQUE

A CGU (Controladoria-Geral da União) divulgou ontem resultados de duas rodadas de fiscalização em municípios por sorteio. Foram encontradas irregularidades nos gastos federais em todas as 120 cidades fiscalizadas que receberam um total de R$ 2,4 bilhões de repasses da União.

Em Água Doce do Maranhão (MA) – administração José Eliomar da Costa Dias, do PMDB –, a fiscalização descobriu que a prefeitura utilizou 10 notas fiscais “clonadas” para comprovação de despesa com materiais de consumo. A irregularidade foi verificada na prestação de contas com recursos do Fundo Nacional de Educação Básica (Fundeb) de 2008, da Prefeitura Municipal. Foram encontradas seis notas fiscais “clonadas” da empresa Antares Distribuidora Ltda e quatro da Distribuidora M.V, referentes a compra de materiais de limpeza, escolares e de expediente. A equipe da CGU observou que as notas fiscais “clonadas” tinham sido emitidas em favor de outras prefeituras e, em seguida, canceladas.

A prefeitura de Senador La Rocque, ainda no Maranhão – administração João Alves Alencar, “João do Oliveira” (PR) –, também usou uma nota fiscal “clonada” para comprovar despesa com material de limpeza, no valor de R$ 31 mil. A nota, clonada da empresa O. M. de Araújo, foi descoberta na prestação de contas da prefeitura referente a recursos recebidos em 2009 do Fundeb. A empresa informou que jamais emitiu a nota em nome da prefeitura de Senador La Rocque e que o documento foi emitido em 5 de julho de 2006, em nome da Caixa Escolar do Município de Graça Aranha.

De acordo com nota da Controladoria, “os relatórios foram encaminhados à Polícia Federal, ao Ministério Público (Federal e Estadual), ao Tribunal de Contas da União, à Advocacia-Geral da União, à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, às prefeituras municipais e às câmaras municipais para as providências cabíveis em cada uma dessas instâncias”.

Os relatórios estão disponíveis no site da controladoria (www.cgu.gov.br).
(Folha Online, site da CGU e Redação do JP)

QUEBRADEIRAS DE COCO TERÃO AGROINDÚSTRIA NO MA

 Trabalhadores rurais do município de Santa Rita, no Maranhão, receberam o primeiro convênio para execução da Ação Terra Sol, no Maranhão, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em parceria com Superintendência Regional do Incra no Estado. O convênio, que vai atender os assentados envolvidos com a cadeia produtiva do babaçu, prevê a implantação de uma agroindústria para beneficiamento de coco babaçu no projeto de assentamento Sefans/Carema.

“A ação vai atender os assentados nos processos de produção e comercialização dos produtos do coco babaçu e, consequentemente, gerar renda e qualidade de vida para as famílias beneficiadas”, afirma o superintendente do Incra/MA, Benedito Terceiro.
Programa Terra Sol.

Terra Sol é uma ação voltada para agregar valor à produção dos assentados. Entre suas linhas de ação está o apoio à instalação de agroindústria de beneficiamento/processamento de matéria prima e comercialização de produtos processados nos assentamentos do Incra ou reconhecidos pelo órgão, com significativo aumento de renda das famílias assentadas.

De acordo com informação do coordenador da ação, Raimundo Ronaldo Costa Rodrigues, para que as prefeituras possam ser conveniadas elas precisam estar adimplentes com o governo e terem assentamentos de reforma agrária, seguindo determinação da Norma de Execução Incra nº 76/2008.
  
Com informações do GLOBO

O SARNEYSISTA ARNALDO MELO VAI PRESIDIR A AL/MA

 A chapa “União pelo Maranhão” venceu a eleição para a Mesa Diretora da Assembléia na manhã desta terça-feira (01). A eleição encerrou por volta das 11h50.

A chapa, conhecida por “bloquinho”, elegeu para presidente o deputado decano Arnaldo Melo para o biênio 2011-2012.

Além do deputado peemedebista, foram eleitos para a compor a mesa diretora todos os membros da mesma chapa: Marcos Caldas (PRB) como 1º vice; Neto Evangelista (PSDB) como 2º vice; Francisca Primo (PT) como 3º vice; Afonso Manoel como 4º vice; Hélio Soares (PP) como 1º secretário; Jota Pinto (PR) como 2º secretário; Edilázio Júnior (PV) como 3º secretário e Cleide Coutinho (PSB) como 4º secretário.

A chapa de Arnaldo venceu a eleição com 25 votos contra 17 da outra ala da base governista tinha como candidato a presidente o deputado Manoel Ribeiro (PTB).
O deputado Ricardo Murad (PMDB), mais cotado para assumir a cadeira, retirou sua candidatura na tarde de ontem, após a falta de consenso em torno do seu nome.
Central de Notícias

UFMA INSCREVE PARA CONCURSO PÚBLICO

A Pró-Reitoria de Recursos Humanos da Universidade Federal do Maranhão divulgou edital do concurso público para provimento de cargos técnico-administrativos em educação.

Estão sendo oferecidas 16 vagas para cargos de nível médio e 6 para cargos de nível superior, nos campi de São Luís, Imperatriz, Pinheiro, Grajaú e São Bernardo. O concurso, organizado e coordenado pela Comissão de Concurso para Pessoal Técnico-Administrativo, será executado pelo Núcleo de Eventos e Concursos (NEC) da UFMA. As inscrições terão início no dia 1 de fevereiro e irão até o dia 27.

Confira o edital: clicando aqui

Fonte: PRH/ASCOM

JUIZ DE BACABAL MANDA PRESO CUMPRIR PENA EM CASA

As celas superlotadas de Bacabal, no interior do Maranhão, abrigam detidos por homicídio, tráfico de drogas e roubo
 Onze presos foram liberados na manhã desta terça-feira para cumprir prisão em casa na cidade de Bacabal, distante aproximadamente 258 quilômetros de São Luís. A decisão foi do juiz Carlos Roberto de Paula, da 2ª Vara de Bacabal. Todos eles cumpriam prisão preventiva por crimes como homicídio, tráfico de drogas e roubo na Delegacia de Bacabal.

De acordo com o juiz, essa decisão é fruto das péssimas condições das carceragens da Delegacia de Bacabal, onde os presos estavam abrigados. “Em visita à carceragem da Delegacia do 1º Distrito de Polícia de Bacabal, onde existem duas celas com capacidade para, no máximo, quatro presos, cada uma, bem como de um “gaiolão” para banho de sol e visita familiar e um quartinho para presos por dívida de pensão alimentícia, com capacidade para duas pessoas, constatei a existência de quinze presos em uma cela e quatorze na outra”, declara o juiz na decisão. “A prisão deve dar-se em condições que assegurem o respeito à dignidade”.

Na decisão, Roberto de Paula ainda complementou. “Os presos que ali se encontram em celas superlotadas, além de disputarem espaço para dormir e para suas necessidades fisiológicas, são penalizados com a falta de ventilação, de iluminação e de condições mínimas de higiene, redundando em verdadeiro local de tortura física e moral num total desrespeito à Constituição Federal, à Lei de Execução Penal e aos tratados internacionais de direitos humanos”.

Ainda nesta decisão judicial, o juiz Roberto de Paula critica a falta de respostas do Estado em garantir novas unidades prisionais para detentos em todo o Maranhão. “Não tem havido resposta do Estado para garantir os direitos fundamentais do preso e a dignidade da pessoa humana. O Executivo deixa de construir 'cadeias públicas' em condições humanizadas, amontoando os presos em celas de delegacia de polícia”, assinala.

Durante o regime de prisão domiciliar, os detentos que saírem de suas casas serão considerados foragidos. A fiscalização do cumprimento deste novo regime de prisão ficará a cargo da Secretaria de Administração Penitenciária do Maranhão. “Esperamos que isso seja fiscalizado”, aponta o juiz.

Essa não é a primeira vez que o juiz adotou uma medida como essa. Em abril de 2009, oito presos foram mandados para casa pelo mesmo motivo. Em março do ano passado, o juiz Roberto de Paula interditou quatro delegacias da região e 23 presos novamente foram cumprir prisões domiciliares por falta de vagas em unidades prisionais do Estado.
Na segunda-feira, o secretário de Segurança do governo de Roseana Sarney (PMDB), Aluísio Mendes, declarou que devem ser abertas pelo menos 1.500 vagas com a construção de cinco novos presídios no interior do Estado. Hoje, em todo o Maranhão, existem 1.900 presos abrigados em delegacias como as de Bacabal.

Wilson Lima, iG Maranhão

RICARDO MURAD SEM APOIO DESISTE DA ASSEMBLEIA

Antes favorito a chefiar Legislativo do Maranhão, Ricardo Murad (PMDB) é abandonado pelas siglas governistas e de oposição
Deputados da base governista e da oposição se uniram e tiraram o deputado estadual Ricardo Murad (PMDB) da disputa pela presidência da Assembleia Legislativa do Maranhão. Murad é cunhado da governadora Roseana Sarney (PMDB) e tinha apoio da pemedebista para presidir a casa pelos próximos quatro anos.

Apesar de sempre ter tido o apoio de Roseana Sarney e dos maiores partidos, como PMDB, DEM, PTB e PV (também chamado de “Blocão”), durante as negociações para a composição da nova mesa diretora da Assembleia, Murad enfrentava resistência do “Bloco da União Democrática”, também chamado de bloquinho, formado por 14 partidos como PR, PRB, PMN e PSL.

O "bloquinho" não queria aceitar a divisão proporcional dos cargos da mesa diretora da Assembleia nem a forma como eles foram divididos. Pela projeção inicial do PMDB, os maiores partidos teriam direito a quatro vagas, incluindo a presidência e a 1ª secretaria. O bloquinho ficaria com três vagas, uma delas a 1ª vice-presidência.

No final de semana, porém, o deputado Manoel Ribeiro (PTB) anunciou a sua candidatura à presidência da casa e, nesta segunda, o deputado estadual Arnaldo Melo (PMDB) também lançou-se candidato. A questão é que Melo conseguiu não somente apoio do “Bloquinho” como também de partidos da oposição ao governo Roseana, como PSB, PDT e PSDB. Ele não disse ainda como ficaria a composição da mesa com o apoio desse partido.

Com esse cenário, Murad desistiu de sua candidatura “para não atrapalhar a condução do governo Roseana Sarney” e para buscar uma candidatura consensual que consiga trazer, até mesmo, partidos da oposição para o governo da pemedebista. “A razão da minha candidatura, todos sabem, é de ser um candidato de consenso. Foi um chamamento de deputados de governo e deputados da oposição. Quando surgem candidaturas a presidente e candidaturas internas para disputar cargo a cargo, deixa de ter o propósito a candidatura Ricardo Murad”, declarou Murad em entrevista.

Wilson Lima, iG Maranhão

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

IMPRENSA DENUNCIA "MENSALINHO" PETISTA DE ROSEANA

A revista Veja dessa semana repercutiu, em suas páginas, a informação postada há alguns dias no blog do Cutrim de que o Secretário Geral do PT maranhense, Fernando Antônio Magalhães, recebeu entre janeiro e dezembro de 2010 o valor de R$ 32.000,00 reais de bolsa da Fapema – reservada somente a alunos de graduação como incentivo à elaboração de projetos de pesquisas científica.

A edição revela também a nomeação de Magalhães como assessor especial da Vice-Governadoria. A novidade é que, de acordo com a Veja, o Ministério Público entrará em ação e investigará esse e outros casos de denúncias de mensalão envolvendo petistas no governo Roseana. Vamos aguardar.

Diz a revista: “O Ministério Público do Maranhão investigará a distribuição irregular de bolsas de estudo entre aliados da governadora Roseana Sarney, do PMDB. A Fundação de Amparo à Pesquisa, ligada à Secretaria de Ciência e Tecnologia, pagou bolsas de “auxílio à pesquisa” a ex-prefeitos, secretários de estado e lideranças regionais petistas.

Em 2010, por exemplo, o secretário-geral do PT no Maranhão, Fernando Antônio Magalhães, levou 32 000 reais. Ele próprio admite que não esteve inscrito em curso algum, nem trabalhou em nenhum estudo no período. Magalhães recebeu a bolsa até dezembro. Neste mês, não precisou mais dela: foi nomeado assessor de gabinete do vice-governador”.

Fonte: Blog John Cutrim

FANTÁSTICO FLAGRA O DESCASO NAS DELEGACIAS BRASILEIRAS

Nossas equipes atravessaram o país, e registraram flagrantes de descaso, de falta de estrutura, de tratamento desumano. É um verdadeiro escândalo nacional.
Veja o vídeo: clicando aqui

Nossa reportagem especial: o caos nas delegacias do Brasil. As equipes do Fantástico atravessaram o país, e registraram flagrantes de descaso, de falta de estrutura, de tratamento desumano. É um verdadeiro escândalo nacional.

“Desejava mais morrer do que ficar aqui dentro. Nesse sofrimento aqui, quero mais morrer”, conta um preso.

Olhando de perto, mais parece uma jaula, como se a gente estivesse em um zoológico. Uma situação nunca vista antes.

No interior do Maranhão, a “jaula” para seres humanos fica em uma delegacia. “Ela é destinada ao banho de sol e ao encontro de visitantes. Mas, na verdade, funciona como um depósito para colocar presos”, explica o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão, Amon Jessen.

Em delegacias de São Paulo, o problema é outro. Para registrar um boletim, o cidadão perde muito tempo. Flagramos a imagem do cansaço. “Por isso que tanta coisa fica impune. Porque quem vai perder todo dia para poder registrar um boletim de ocorrência?”, reclama a diretora de escola Rosileide Guedes.

As equipes de reportagem passaram um mês inteiro preparando essa radiografia das delegacias brasileiras. Como é o atendimento? Como são as investigações?

Um fazendeiro, acusado de assassinato, deveria estar preso. A polícia não foi atrás dele. Mas a equipe de reportagem foi, e encontrou o sujeito em um bar, sossegado.

Para obter flagrantes como este, o Fantástico percorreu mais de três mil quilômetros, em cinco estados. Além de São Paulo, no Sudeste, e do Maranhão, no Nordeste; o Fantástico esteve em Goiás, no Centro Oeste e em Tocantins e no Pará, região Norte do Brasil.

A maior cidade do Brasil tem 93 delegacias. O Fantástico pergunta: “seis horas e meia para registrar um boletim de ocorrência?”. “Por causa de um roubo de celular?” reclama a operadora de telemarketing Ingrid Humberto.

A equipe de reportagem fez um teste. Foram ao Terceiro Distrito Policial, no Centro. O produtor do Fantástico diz que o pai, de 70 anos, teve os documentos roubados. São 16h30.

O produtor pergunta se está demorando muito. “Quatro horinhas, pelo menos. Ou volta no fim do dia, ou volta amanhã cedo”, responde o funcionário.

Em mais duas delegacias, respostas parecidas. Um funcionário empurra o serviço pra outro lugar: “Manda ele para a Delegacia do Idoso. Pode levar seu pai lá que é tranquilo”, indica o funcionário.

São quase dois quilômetros até o local. A Delegacia do Idoso funciona das 9h às 18h. Faltando meia hora para o fim do expediente, o atendimento já está suspenso. “Já fechou. Traz amanhã. Manda ele procurar amanhã”, diz um funcionário.

A equipe tentou em outra delegacia. Ela acompanhou em tempo real a conversa entre o atendente e o produtor dela. “O plantão já encerrou. Esse é o ultimo B.O.”, afirma um funcionário.

Faltando 15 minutos, eles não querem registrar o boletim de ocorrência: são 19h45. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, essa delegacia e mais 17 fecham em dias de semana às 20h. E não abrem sábados e domingos.

O repórter pergunta: “O que vocês acham de encontrar a delegacia assim fechada?”. “É um absurdo isso. A gente paga os nossos impostos para acontecer isso”, responde a enfermeira Maria das Graças.

No dia seguinte, às 16h, a equipe está de volta ao 3º Distrito, o primeiro lugar onde ela tentou registrar o roubo de documentos de um idoso.

“Aqui é complicado porque é região central. Na parte da manhã é sempre mais tranquilo. Pode trazer ele aqui na parte da manhã”, recomenda um funcionário do local.

Em outra delegacia, o funcionário não quer saber de trabalho. São 19h30. “Aqui, a delegacia fecha às oito horas da noite. Só que o sistema fecha um pouquinho antes. Deu 19h30, 19h35, já finalizou”.

Mentira. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o sistema de registro de ocorrências é informatizado e funciona 24 horas. “Não é culpa do policial civil que está de plantão, é culpa da administração. E eu assumo a responsabilidade agora porque é culpa minha. Eu tenho que dar as condições para que um plantão de Policia Civil seja adequado aos anseios de hoje”, esclarece o delegado-geral da Polícia Civil/SP, Marcos Carneiro.

Uma pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP coordenou um estudo sobre as delegacias feito em 2009 por uma organização internacional. Foram avaliados 235 distritos policiais de 11 cidades, sendo nove capitais.

O resultado: 69% - ou seja, 162 delegacias - foram reprovadas: prestam um serviço inadequado. “O prejuízo é para a população, que não tem um órgão a quem recorrer. O prejuízo é do estado, que não tem a confiança da população”, conta a cientista social Paula Ballesteros.

O Fantástico esteve em várias outras cidades e constatou a precariedade das delegacias. Em Tocantins, funcionam, no estado todo, segundo o Sindicato dos Policiais Civis, apenas cinco plantões à noite e nos fins de semana. E há um problema crônico de falta de delegados: 84 cidades não têm um delegado fixo.

A reportagem passou duas noites em um plantão policial em Araguaína, de 150 mil habitantes. A delegacia não tem mais lugar para nenhum preso. “Não cabe mais não. Tem oito dentro. Não cabe de jeito nenhum”, explica um funcionário.

Foi também à Xambioá, 11 mil moradores. O distrito só abre durante o dia. Um funcionário recebe a equipe às 14h30. Quando perguntado sobre o delegado, ele diz: “Não chegou ainda não. Já era para ter chegado”.

Em julho de 2010, era um preso quem tomava conta de uma delegacia. O repórter pergunta: “Você é detento? Não tem policial nenhum aí, não?”. “Tem não, agorinha não”, responde o homem.

A Secretaria de Segurança reconheceu que nenhuma delegacia de Tocantins está em condições satisfatórias. E diz que já começou uma reestruturação.

O Fantástico chega ao estado do Pará. Em São Geraldo do Araguaia - 25 mil habitantes – nove pessoas foram encontradas à espera de atendimento. Aparentemente, não há policiais na delegacia.

A equipe foi duas vezes até lá. “Será que, se eu bater ali, aparece alguém?”, pergunta o repórter. Depois de uma hora e meia, o delegado aparece. “Teve uma informação de que o senhor não estava aí”, diz o repórter. “Eu estou aqui na delegacia, só que estou no gabinete. Aqui é que está fechado, o atendimento do escrivão”, informa o delegado.

A Secretaria de Segurança do Pará considera normal que funcionários se revezem no atendimento. Já no Maranhão, uma delegacia fica em Miranda do Norte, com 24 mil habitantes. Um cenário de total abandono.

Às 17h não tem nenhum policial civil. Toda vez que tem alguma ocorrência na cidade, o investigador precisa sair da delegacia e fechar as portas.

E, mesmo se houvesse policial no prédio, o atendimento seria precário. O computador não funciona. Na verdade, só existe o monitor, não tem mais nada. E o local tem muita sujeira.

Há 27 presos no local. A quantidade de mosquito, de sujeira é grande. O cheiro é muito forte. Os detentos, entre eles assassinos e assaltantes, só não fogem porque não querem. No local deveria haver cadeados, mas não tem. Tem só em um lugar. É possível ver que não é um cadeado reforçado.

Outra carceragem fica na delegacia de Santa Inês - cidade maranhense de 78 mil habitantes. Na parede, o aviso: "bem-vindo ao inferno". Homens e mulheres cumprem pena no mesmo prédio. Elas ficam em uma sala improvisada como cela. Como não há banheiro, as mulheres usam um balde.

“As delegacias de policia servem apenas de depósito de pessoas humanas e, infelizmente, geralmente, saem piores do que entraram”, confessa Walter Nunes, do Conselho Nacional de Justiça.

E o que dizer quando o preso está do jeito que pode ser visto no vídeo? Fica na maior delegacia de Bacabal - cidade maranhense de 100 mil habitantes – a “jaula” mostrada no início dessa reportagem. Não tem água, não tem banheiro. Não tem teto e começa a chover. Sem opção, os presos ficam na chuva.

De manhã, os presos contam que o sofrimento durou a noite toda. “Agorinha, eu rezei para não chover mais. Se cair outra chuva aqui, Ave Maria, nós estamos mortos”, conta um preso, que não tem previsão de ir embora.

“É realmente uma situação que não é típica, que não deve ser constante e que realmente a gente precisa ver o que está acontecendo”, explica o secretario de Segurança do Maranhão, Aluísio Mendes.

Segundo o Ministério da Justiça, cerca de 57 mil detentos em delegacias em todo o país. O Conselho Nacional de Justiça afirma: distrito policial não é lugar de preso, e não só por causa da precariedade e do risco de fugas. “Na hora que tira o agente policial para guardar ou dar a guarda para pessoas que estão recolhidas, você inibe ou prejudica essa atividade investigatória”, conta Walter Nunes, do Conselho Nacional de Justiça.

A delegacia de Bacabal, onde a “jaula”foi encontrada, abriga outros 30 presos. A falta de higiene é tanta que os funcionários dizem criar uma jibóia, para que ela coma os ratos do local. Em um ambiente assim, como será o atendimento à população?

Ao ligar no telefone da delegacia, não funciona. Nem linha tem. “Não existe o atendimento, não existe a investigação. Às vezes, a policia consegue prender em situações ocasionais”, diz o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão, Amon Jessen.

Elson da Silva, de nove anos, está desaparecido desde dezembro de 2009. A família mora em uma comunidade isolada no oeste do Maranhão. Um suspeito chegou a ser preso, mas o caso foi arquivado, sem solução. “O que eles dizem é que não podem fazer nada. Porque não têm prova. Tinha que ter ido atrás dessas provas no início, no começo”, diz a mãe de Elson, Solange Machado.

Um delegado foi o primeiro a investigar o desaparecimento. Sem saber que a conversa era gravada, tentou se explicar: “A nossa viatura não tinha condições de deslocamento, porque a gente tem uma viatura aqui que só transita dentro da cidade porque ela não tem condições de viagem”.

A viagem pelo Brasil continua. Em Goiás, foi flagrado de perto outras consequências da falta de estrutura da polícia. Alexandre Moura, 16 anos, é assassinado em Santo Antônio do Descoberto, cidade de 63 mil habitantes.

O Instituto Médico Legal que atende o município fica a 100 quilômetros, em Luziânia. São quatro horas e meia até o corpo ser retirado. “Já teria que ter recolhido. Isso ai é falta de humanidade. Isso é desumano”, diz a mãe de Alexandre, Sandra Helena da Silva Moura.

“Muitas vezes, os crimes ocorrem e não são feitos laudos justamente devido à ausência de profissionais”, conta o promotor de Justiça Ricardo Rangel.

A Secretaria de Segurança de Goiás fala em ações de emergência. “Nós temos o compromisso de aumentar a quantidade de veículos para possibilitar a diminuição do tempo de espera dos familiares ou das vitimas nos locais de crime ou de acidente”, informa o secretário de Segurança de Goiás, João Furtado de Mendonça Neto.

De Goiás, a equipe de reportagem volta ao Maranhão. Buriticupu tem 65 mil habitantes. Em 2007, a delegacia foi queimada em um protesto. Em 2011, um novo prédio deve ser inaugurado. Por enquanto, o distrito policial funciona em uma casa improvisada. Às 14h, a delegacia de Buriticupu está fechada. Não tem ninguém.

A consequência da falta de policiais está por todo lado. O repórter pergunta se lá se pode andar sem cinto. “É, por aqui todo mundo anda”, conta um motorista. E, quando o repórter pergunta o porquê de ninguém usar capacete, um motoqueiro responde: “Porque aqui não tem lei”.

José Amaro, trabalhador rural, 46 anos, foi assassinado em março do ano passado. A sobrinha chegou a levar o corpo para a porta da delegacia. Mesmo assim, a polícia maranhense não registrou o boletim, nem começou as investigações.

Portanto, pelo menos no papel, José Amaro continua vivo. O repórter pergunta: “E eles falavam por que você não podia registrar?”. “Porque eu só era a sobrinha. Precisava ser uma pessoa mais próxima da família”, explica a sobrinha.

A polícia diz que, para legalizar a situação, a sobrinha teria que ir a um cartório que fica a mais de 500 quilômetros de distancia. “Que justiça é essa? O momento que a gente mais precisa, não consegue”, desabafa.

O lavrador Gilberto Lima, de 27 anos tem seis filhos e foi assassinado em junho de 2008, também no Maranhão. Em abril de 2009, a justiça decretou a prisão do suspeito de ser o mandante do crime: Adelson Araújo, um conhecido fazendeiro de Açailândia e patrão da vítima.

Gilberto estava com os salários atrasados, dizem os parentes. “Já tinha cobrado ele já umas três vezes e ele não pagava”, conta o irmão da vítima.

Mesmo com a ordem judicial, a polícia não fez nada. Foi a equipe de reportagem que encontrou Adelson Araújo. O fazendeiro suspeito de ser o mandante do crime mora em um bairro na cidade de Açailandia. É um senhor que pode ser visto no vídeo, de calça jeans e camisa branca e que está de costas para a equipe.

Em um bar ao lado da casa dele, Adelson Araújo dá risada, distribui cumprimentos. Segundo a Secretaria de Segurança, a prisão não foi cumprida porque a polícia espera desde julho do ano passado autorização judicial para prender mais 10 comparsas do fazendeiro.

“Nós acreditamos que a prisão de apenas um membro da quadrilha vai complicar a apuração do crime em si”, explica o secretario de segurança/MA, Aluísio Mendes.

Depois que o Fantástico informou a localização do fazendeiro para a Secretaria de Segurança e para o Tribunal de Justiça, todas as prisões foram decretadas em um dia. Sexta passada, Adelson Araújo e os dois filhos dele finalmente foram presos. Eles também são acusados de envolvimento no assassinato de outro funcionário da família.

“Nessa região, qualquer passo que se dê na justiça é uma grande vitória. E isso claro que reflete na violência porque as pessoas também ficam com a sensação de impunidade”, diz Nonnato Masson, da Comissão de Direitos Humanos da OAB do Maranhão.

Durante a apuração desta reportagem, o Fantástico esteve em 21 delegacias. Foram flagrados mais de 150 presos em condições precárias. E 20 vítimas de crimes reclamaram da falta de atuação policial. Todos os casos foram repassados às autoridades. “A vítima está sempre em uma situação dolorosa. Ela tem que ser bem acolhida”, completa Nonato Masson.

“É fundamental que o estado assuma de fato o seu papel que, na realidade, é proteger e zelar para que todo e qualquer cidadão tenha os seus direitos respeitados”, diz Milton Teixeira, do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos do Maranhão.


Fonte: Fantástico

domingo, 30 de janeiro de 2011

MA: INSCRIÇÕES PARA O INSS SÓ ATÉ TERÇA-FEIRA

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) lançou o extrato do edital do processo seletivo que visa cadastrar 14 médicos peritos para contratação temporária em São Luis, no Maranhão.

Os profissionais prestarão serviços nas seguintes Agências da Previdência Social: Pedreiras (4 vagas), Bacabal (3), Pinheiro (3), Coroatá (2) e Lago da Pedra (2). 
 

As inscrições foram abertas na sexta-feira, dia 28, e serão encerradas em 1º de fevereiro. Os interessados deverão comparecer das 8h às 12h ou 14h às 18h no edifício sede da gerência executiva do INSS, que fica na avenida Senador Vitorino Freire, 29, edifício Cesário, Anel Viário, sala 112, em São Luis (MA).

O edital completo e outras informações podem ser consultados no local das inscrições.

GOVERNO DO MA MANOBRA PARA NÃO APROVAR ESTATUTO

Categoria mantém deliberação pelo não início das aulas se o documento não for aprovado
Na noite da última terça-feira, 25, aconteceu mais uma reunião entre representantes do governo do Estado e membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), para discutir a implantação do Estatuto do Educador. Na ocasião, a secretária estadual de Educação, Olga Simão, teria apresentado uma proposta de instalação do documento somente a partir de 2012, alegando falta de orçamento para este ano.

A proposta não agradou aos professores, que acusam o governo de fazer manobras para a não aprovação do Estatuto em 2011, no momento em que deixou esta demanda de fora do orçamento. Diante dessa situação, os educadores ameaçam não irem para as escolas no início do ano letivo, previsto para o dia 21 de fevereiro.

O presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro, disse que a proposta apresentada pela secretária Olga Simão prevê a implantação de 25% do Estatuto no ano de 2012, de 55% em 2013, de 70% em 2014 e de 100% em 2015. Segundo Júlio Pinheiro, Olga Simão afirmou que em 2014, ainda no governo de Roseana Sarney, a demanda seria incluída no orçamento para 2015. “Desta forma, o Estado empurra o assunto ‘com a barriga’ até passar para o governo que assumirá em 2015, que pode não ser do mesmo grupo e irá reiniciar toda a discussão. Fora que 2014 será ano eleitoral, e a atual gestão poderá fazer o que fez em 2010, quando suspendeu os diálogos com a justificativa de não querer ferir a legislação eleitoral e a Lei de Responsabilidade Fiscal”, argumentou.

Júlio Pinheiro informou que o governo alega não possuir dotação orçamentária para aprovar o Estatuto ainda neste ano. Porém, ele declarou que a não colocação desta demanda no orçamento de 2011 foi uma manobra usada para que a aprovação não ocorresse, pois o Estado sabia das discussões. “Se o governo quisesse aprovar, teria colocado no orçamento. Falta de manifestação por parte dos professores não foi, uma vez que fizemos de tudo para isso acontecesse, até para a Assembleia Legislativa nós fomos, apresentamos a necessidade da dotação orçamentária para os deputados e alertamos o governo”, disse o presidente do Sinproesemma.

O sindicalista reiterou que a categoria não vai aceitar essa proposta, e que o governo deverá dar um jeito de conseguir dinheiro para a aprovação do Estatuto do Educador ainda neste ano. Júlio Pinheiro garantiu que, se não for encontrada uma solução por parte do Estado, não haverá outra saída senão uma paralisação por tempo indeterminado da categoria logo no início do ano letivo. “O recado foi dado para a secretária Olga Simão. Ela disse que iria se reunir com o Comitê de Finanças do Estado, composto pela Casa Civil, Secretaria de Planejamento e de Administração, para fazer uma consulta se existe como atender nosso pleito ainda em 2011. A resposta deve ser dada na próxima reunião com o sindicato, o que esperamos aconteça ainda nesta semana”, informou Pinheiro.

Ele contou que até o dia 10, do próximo mês, o Sinproesemma precisa de uma resposta favorável para discutir com a categoria. Isso, pelo fato de os prazos estarem “apertados”, dia 16 acontece a formação do educadores e dia 21 iniciam as aulas.

Meios necessários – Durante a reunião de terça-feira, a secretária Olga Simão frisou que a implantação do estatuto deve preservar os recursos de investimento e custeio, além dos meios necessários para a oferta de educação de qualidade, uma das prioridades da governadora Roseana Sarney.

POR WELLINGTON RABELLO/JP

TIMON: INAUGURA OBRAS "DE FAZ DE CONTA"

Inaugurar obras inacabadas ou sem operacionalidade é a tônica do atual governo de Timon. Localizado na principal entrada da cidade - ponte metálica - e inaugurado com pompa e circunstância há pouco mais de um mês, durante o aniversário da cidade, O centro de Comercialização de Artesanato se transformou rápido no símbolo de uma administração que tem se especializado em inaugurar obras sem nenhuma serventia, já que não funcionam após as solenidades de inauguração, movidas a muito foguete e discursos laudatórios.

No Centro de Artesanato mesmo, além dos foguetes, bandas de música e falatórios, na solenidade de inauguração, no dia 22 de dezembro, dia do aniversário da cidade, cortaram até um imenso bolo. A situação da fachada no dia da inauguração é a mesma da foto de hoje. Com um detalhe e um agravante: os artesões continuam expostos ao tempo e a condições adversas e, galpões improvisados nos fundos do prédio e o agravante é que a "maquiagem" para a inauguração quase tira a vida de um jovem casal. Um artesão que trabalha no local contou que durante a última chuva forte que caiu na cidade um casal se abrigou sob um alpendre de metal que acabou vindo abaixo. "Os jovens só não morreram porque haviam se retirado segundos antes ", contou o artesão, que pediu anonimato temendo perder a vaga que possui no Centro de Artesanato.

Ele disse ainda que muitos colegas preferiam continuar trabalhando do jeito que era antes da reforma. "Estamos esperando por esta obra há mais de dois anos. Desde então ficamos sem um lugar decente para trabalha e ainda perdemos clientes, que passam direto pela frente e não imaginam que estamos instalados e amontoados lá atrás", lamentou.

Dinheiro curto ou comido
O Centro de Artesanato é mais obra oriunda de emendas do deputado Professor Sétimo(PMDB) que nunca acaba e, quando acaba, não funciona. Os aliados - que vêm diminuindo a cada eleição - dizem que "o dinheiro é curto" e, portanto, insuficiente; enquanto os adversários dizem que "o dinheiro das emendas está sendo é comido mesmo, gasto nas campanhas".

A prefeita Socorro Waquim e seu marido já inaugurou e não conseguiu botar pra funcionar quatro grandes reservatórios de água avaliados em mais de R$ 10 milhões - trouxe até o presidente da Funasa no dia da inauguração - fez três viagens inaugurais do metrô de superfície que nunca funcionou um dia; construiu quatro modernas creches que nunca viram um cocô de criança; hospitais e clínicas que não funcionam(uma ontem com a presença do secretário estadual de saúde); e um sistema de esgotamento sanitário que ninguém sabe em que fase se encontra já que a construtora abandonou a cidade e deixou as ruas com mais buracos ainda. E gastou, em seis anos, mais de R$ 1 bilhão para fazer todas estas obras de fachadas.

Por estas e outras - o atraso salarial dos servidores e o sumiço do dinheiro do Fundeb - foi que o promotor Eduardo Borges pediu à justiça o afastamento da prefeita e de sua irmã, Suely Almeida, secretária de Educação.

Fonte: O imparcial