Bolsonaro,
está mais que claro, foi quem deu as ordens, direta ou indiretamente, para que
seus agitadores pusessem a cabeça fora da terra.
Os
coronéis de Polícia Militar de São Paulo, ue de bobos não têm nada, não
colocariam seus pescoços ao alcance da lâminas administrativas do governo
estadual por nada. Muito menos o coronel dos Bombeiros do Ceará que divulgou
vídeo dizendo que militares reformados comandarão “ondas” de grupamentos de
fileiras de 100 homens para “adentrarmos ao STF e ao Congresso” e “atropelar”
qualquer reação à invasão dos prédios.
Os
“blackblocs” de Mito estão na ponta dos cascos e prontíssimos, se não houver
obstáculos sérios, a tentar fazer um “Capitólio’ tupiniquim.
Mas
os governadores, todos eles ameaçados pela indisciplina bolsonarista que grassa
em suas polícias militares, que se autoconvidam para, a paisana, para ele, em
lugar de lançarem uma advertência e garantirem que a ordem pública será mantida
sem concessões a arruaceiros presidenciais, preferem pedir “diálogo” e uma
reunião com Bolsonaro…
Chega
a ser ridículo que chefes de poderes – Legislativo, Judiciário e os estaduais,
estejam a pedir “por favor, por favorzinho” que a regras legais sejam
obedecidas e que não se façam violências contra as instituições públicas e não
se junte paramilitares para invadi-los.
Pode
ser, até, que Bolsonaro, na sua já conhecidíssima estratégia de avançar, fingir
recuar e, em seguida, avançar mais sugira que vai amenizar a força da mordida.
O que todo mundo sabe ser mentiroso.
Prometeu
a Arthur Lira sossegar se pusesse em votação a PEC da contagem manual de votos
e, sem a menor vergonha, ainda hoje voltou a atacar a lisura das eleições.
Sugeriu a Luiz Fux, via Ciro Nogueira, que amenizaria as pressões sobre o
Supremo e, logo que o presidente do STF voltou a miar por um “diálogo’
apresentou um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes e,
diz-se, prepara outro para Luís Roberto Barroso.
Agora,
os senhores governadores – já naturalmente sem nenhuma unidade, pelas suas
diferentes naturezas e posições políticas, vão ficar brincando de pedir
audiência e de montar uma pauta para servirem absolutamente para coisa alguma,
porque todos sabem que Bolsonaro está fazendo aquilo que ele deseja e planeja,
não lidando com uma crise política.
É
evidente que o presidente voltará esta questão para culpar os governadores,
sejam pelos “lockdowns” seja para atribuir-lhes, pelos impostos, a “culpa” pela
inflação.
O
excesso de esperteza, para “não parecer que a culpa da crise institucional é
dos governadores” vai, é claro, engolir os “espertos”.
Tijolaço.