A taxa de desemprego subiu 2,6% de novembro a
janeiro deste ano, em comparação aos três meses anteriores.
A taxa de desemprego
subiu 2,6% de novembro a janeiro deste ano, em comparação aos três meses
anteriores, alcançando um total de 12,7 milhões de brasileiros sem emprego no
país. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (27).
O relatório mostra que
se antes o cenário de desocupação entre os cidadãos já era negativo, atingindo
11,7% da população entre agosto e outubro de 2018, agora os dados atingem 12%
do total de pessoas aptas ao trabalho.Conforme os dados do
Pnad Contínua, que analisa a situação de emprego e desemprego no país a cada
três meses, eram 92,5 milhões de pessoas trabalhando até janeiro deste ano.
Isso é 0,4% a menos do que outubro do último ano, quando o cenário já era
negativo.
E se comparado ao mesmo
período do ano passado, ou seja, janeiro de 2018, havia 0,9%, ou 846 mil,
pessoas a mais empregadas.
O número de desocupação
divulgado pelo IBGE é referente a pessoas que procuraram emprego e não
conseguiram um posto de trabalho. Como esse número aumentou em comparação aos
trimestre anterior, significa que 318 mil pessoas deixaram de trabalhar nesse
período.
Os dados estatísticos
consideram a força de trabalho do país, que inclui empregados e desempregados,
que atingem um total de 105,217 milhões de pessoas em janeiro deste ano.
Uma informação
calculada pelo IBGE é o nível de desalento no país: quando a pessoa não está
empregada e não tomou providências para conseguir emprego, mas caso lhe fosse
oferecido, aceitaria a vaga.
O Brasil tem um total
de 4,716 milhões de pessoas nessa situação até janeiro deste ano, registrando
uma pequena queda em relação ao período anterior, de 0,4%.
Ainda se verifica um
aumento de 0,8% no trimestre até janeiro de empregados “subutilizados”, que são
aqueles trabalhadores desperdiçados, incluindo desempregados, desalentados e os
que têm emprego mas gostariam de trabalhar mais horas. Chegou a 27,459 milhões
de pessoas.
Taxa de Composta de
subutilização da força de trabalho – trimestres de novembro de 2018 a janeiro –
2012/2019 Brasil (%).
O PNAD também publicou
o rendimento médio real habitual, que em janeiro é de R$ 2.270 por pessoa
empregada. A quantia é um pouco superior aos três meses anteriores, que
atingiam R$ 2.240, significando que acompanhou a correção da inflação.
O salário dos
trabalhadores do serviço público, contudo, é maior não somente em comparação
aos três meses anteriores, como também marca grande diferença com os demais
empregados: hoje de R$ 3.674, conseguiu uma alavancagem de 3,6% no trimestre.
A coluna de Monica Bergamo acaba de publicar que
o Tribunal de Justiça de São Paulo arquivou hoje a
ação penal contra o ex-prefeito Fernando Haddad por corrupção passiva
e lavagem de dinheiro derivada da “delação premiada” do empreiteiro
Ricardo Pessoa.
O desembargador Vico
Mañas, relator do caso, afirmou em seu voto que a denuncia não esclarece qual a
vantagem pretendida pelo empreiteiro. Segundo ele, os interesses da UTC foram
contrariados pela gestão municipal, que chegou a cancelar um contrato já
assinado com a empresa para a construção de um túnel na Avenida Roberto
Marinho.
O representante do
Ministério Público concordou com a defesa e destacou, ainda, que houve falha na
descrição do crime e que não haviam elementos para justificar a ação penal.
Aquela, na qual William
Bonner se agarrou para questioná-lo agressivamente na sabatina eleitoral do
Jornal (aqui,
a partir dos 15 minutos).
Quem vai reverter os
prejuízos eleitorais sofridos pela candidatura Haddad?
Ney Bello é desembargador do TRF-1 e professor da UNB
O artigo, do
desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1a. Região, relaciona
algumas características da ideologia que predomina no Judiciário: o
moralismo, o punitivismo, o conservadorismo, a intolerância e o desejo de
ruptura com regras de igualdade racial, religiosa e sexual, e também alguma
fobia de compreensões econômicas apoiadas na igualdade.
Os
ataques eram conduzidos por um blog de Curitiba, que se apresenta como defensor
da Lava Jato.
Há
pelos menos três anos juntamos um conjunto de indícios que mostram que a
mudança inesperada do comportamento de alguns Ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF) poderia estar ligado a chantagens cometidas através das redes
sociais.
Os
ataques eram conduzidos por um blog de Curitiba, que se apresenta como defensor
da Lava Jato. A mudança de comportamento de Barroso ocorreu dias depois do blog
republicadecuritiba.net disseminar um conjunto de informações particulares
dele, e as notícias serem reproduzidas pelos blogs de Veja, no auge do
jornalismo-esgoto praticado pela revista.
A
informação de Gilmar Mendes, de que haveria Ministros do STF sendo
chantageados, reacende as suspeitas.
Aqui, o
Xadrez publicado originalmente em 12/06/2017
Peça 1 – o iluminista e o
negro de primeira linha
A
intenção era criar um momento de paz, indicar publicamente que as desavenças no
Supremo Tribunal Federal se resumiam ao campo jurídico. Daí a ideia de
inaugurar dois retratos de ex-presidentes – Joaquim Barbosa e Ricardo
Lewandowski – e incumbir dois colegas de saudá-los.
Quando
se optou por Luís Roberto Barroso para saudar Joaquim Barbosa, ficou no ar a
suspeita de que algo poderia dar errado. Barroso é mestre na arte de se auto
louvar, permanentemente atrás dos holofotes e do protagonismo, das declarações
reiteradas de bom-mocismo. Teria o desprendimento de focar o elogio na
celebração de um colega?
Mas,
enfim, foi convidado dois dias antes da cerimônia e, portanto – pensavam os
anfitriões – com bom tempo para preparar o discurso e retirar eventuais
inconveniências.
Mal
começou o discurso, um frêmito perpassou os demais Ministros e um frio na
espinha acometeu a organizadora do encontro.
Barroso
lembrava a primeira vez que conheceu Barbosa, na França. Ou na UERJ
(Universidade Estadual do Rio de Janeiro), quando Barbosa prestou concurso e
ele, Barroso, já era chefe de departamento. E o grande Gatsby não parou mais.
Joaquim Barbosa tornou-se um mero álibi para a pregação salvacionista do
vingador, bradando seu patriotismo, sua cruzada em prol da moralidade e da
erradicação de toda corrupção.
Vez
ou outra, lembrava rapidamente a relatoria de Barbosa na AP 470 e voltava à
catilinária inicial, sua intenção de limpar a pátria, acabar com a corrupção,
jogando os corruptos no fogo do inferno.
Um
Ministro mais sarcástico virou-se para um colega e murmurou:
–
O “Iluminista” está impossível!
Referia-se
ao apelido que lhe foi pespegado pelo blog, quando seus acessos de humildade
fora de série o faziam se declarar um arauto do Iluminismo e um par dos grandes
juristas que atuaram na vida política nacional, como Joaquim Nabuco, Ruy
Barbosa e San Thiago Dantas.
Até
que o “iluminista” soltou a pérola máxima, saudando Barbosa, “um negro de
primeira linha”.
Mal
terminou a auto louvação, os repórteres cercaram Joaquim Barbosa perguntando o
que achou de ser qualificado como “negro de primeira linha”, uma versão
capciosa do “negro de alma branca”. E Barbosa, impassível:
–
Sem comentários.
No
mesmo instante, portais e blogs, acostumados com as platitudes do ministro
“iluminista”, espalharam manchetes de home com a frase que expunha o
dandy deslumbrado e preconceituoso.
Naquele
dia, uma transexual fez um discurso histórico no Supremo Tribunal Federal em
defesa do direito de identidade, um homossexual assumido enfrentou as verrinas
machistas-cafajestes de Gilmar Mendes (https://goo.gl/bwYya6)
com a dignidade das grandes figuras jurídicas que hoje escasseiam, sem se
intimidar por um minuto com as armas do preconceito.
No
Supremo, um negro combativo, polêmico, vencedor, impávido como Mudammad Ali
frente a um lutador bailarino e cheio de firulas, apenas olhou duro e deu um
jab de direita com o seu “sem comentários”. E o jurista, socialmente
preconceituoso, mas, de qualquer modo, responsável por alguns dos avanços
morais ocorridos nos últimos anos, escorregou na própria verborragia
incontrolável.
No
dia seguinte, o “iluminista” subiu ao púlpito do Supremo se desfazendo em
lágrimas, se desculpando pela demonstração involuntária de preconceito.
Interrompeu várias vezes a penitência com voz embargada.
Peça 2 – os negócios de
família
Fiz
o preâmbulo não para condenar Barroso por um caso típico de má expressão, mas
para expor sua vulnerabilidade, de se desmanchar nas lágrimas da auto-compaixão
meramente ante a cobertura da mídia, expondo seu escorregão.
Barroso
nunca foi considerado um progressista, na acepção do termo. Mas também nunca
foi o juiz vingador, selvagem, o pregador prometendo fuzilar os ímpios com os
raios de Poseidon.
Parte
do clima persecutório atual, com reputações sendo assassinadas, prisões
desnecessárias sendo implementadas, em nome de uma genérica luta contra
corrupção, a suspeita espalhando-se por todo o país, os receios com grampos, a
derrubada da auto-estima nacional deve-se a ele, o Ministro do Supremo que mais
assumiu o papel de vingador.
Se
Barroso se desmanchou apenas com as críticas ao seu “negro de primeira linha “,
o que ocorreria se a imprensa passasse a explorar os episódios abaixo, se ele
se tornasse vítima da mesma sanha macarthista que estimula?
O caso BHS
Trata-se
de uma construtora de propriedade de Detta Geertruce Van Brussel Telles, sogra
de Barroso, de nome BHS/Beehive.
A
construtora é especializada em reformas de prédios, na construção de mansões e
tem algumas construções de edifícios.
Com
esse histórico, trabalhou para a ICN- Itaguaí Construções Navais braço do
Grupo Odebrecht para o programa PROSUB, do submarino nuclear e para o BTG
Pactual.
Detta
entrou para a sociedade da empresa em 2012, junto com Sandra Murat.
Atualmente mora em Brasília, na casa onde morava Valdemar Costa Neto, na
época do mensalão. A casa pertence a Antonio Carlos Osório Filho, dono da
Capital 1, grande tomador de financiamentos da Caixa Econômica Federal.
A offshore em Miami
Tereza
Cristina Van Brussel Barroso, sócia e esposa de Luís Roberto Barroso, em 9 de
junho de 2014 abriu a offshore Telube Florida LLC em seu nome de solteira. Quem
montou a offshore foi um conhecido operador brasileiro em Miami, com problemas
na justiça brasileira, de codinome Barbosa Legal.
O
imóvel fica na Ilha Key Biscayne, avaliado em US$ 3 milhões e é o sonho de todo
brasileiro deslumbrado com Miami.
Com
o nome de casada, Tereza é sócia do marido na LRBT Empreendimentos e na Chile
230 Participações.
Além
disso, Barroso responde ainda por duas empresas, a Casa da Cultura Jurídica do
Rio de Janeiro e o Instituto de Direito do Estado e Ações – Ideias.
Peça 3 – os assassinatos
de reputação
Desconsidere
as acusações acima. Provavelmente as operações do Ministro e seus familiares
estão dentro dos limites flexíveis dos negócios privados. A offshore é apenas
uma maneira esperta de defesa contra o fisco, típica do pensamento de Barroso e
seu meio social – embora ele costume apresentar como prova da malandragem
brasileira a empregada doméstica de um amigo, que não quis o registro para
poder acumular os benefícios do Bolsa Família.
Pode
causar dúvida o fato da offshore estar no nome de solteira de sua esposa e
sócia. Como o fato do pai ser advogado de um processo milionário da
Eletronorte.
Mas,
provavelmente, se fosse dada a palavra ao Ministro, haveria explicações
plausíveis para cada acusação, inclusive a informação se a esposa registrou
todos os repasses à offshore no Banco Central. “Acusações”, como o nome do
proprietário da casa em que reside a sogra de Barroso, não teriam a menor
relevância ou significado.
Essas
acusações foram veiculadas por sites de direita – coincidentemente sediados em
Curitiba – com algumas informações obtidas diretamente do site da Receita
Federal – e repercutidas em blogs da revista Veja, na fase mais expressiva do
jornalismo-esgoto da revista e quando Barroso ensaiava alguns voos de
independência jurídica.
A
intenção política era óbvia. A notícia do site curitibano era encimada por uma
foto do Ministro e pelos versos:
“Meu boi Barroso,
Meu boi Pitanga,
O teu lugar
É lá na canga”
Na canga do PT
Como
uma pessoa tão frágil, que se desmancha em lágrimas devido às críticas
recebidas por uma expressão descuidada, resistiria a uma campanha pesada, da
mesma maneira de outras campanhas produzidas pela Lava Jato-mídia-blogs de
direita, em que basta juntar registros comerciais, informações da Receita e
algumas coincidências, para destruir uma pessoa?
Logo
em seguida à divulgação dessas “denúncias”, Barroso votou pela prisão após
condenação em segunda instância, tornou-se um templário implacável contra a corrupção
e em defesa da flexibilização do estado de direito, o principal alimentador –
por seu cargo de Ministro do Supremo – da sanha persecutória que tomou conta do
país. O Barroso dos primeiros tempos, contra o clamor das ruas e da mídia,
acabou.
Que
ele tenha se atemorizado, desculpa-se: a maior ou menor resistência a pressões
depende da têmpera de cada indivíduo. E, desde seus tempos de UERJ
(Universidade Estadual do Rio de Janeiro), Barroso era reconhecido como o
advogado brilhante, mas de têmpera frágil. Ministros como Marco Aurélio de
Mello, Ricardo Lewandowski e o próprio Gilmar Mendes jamais se atemorizaram com
tentativas de assassinato de reputação – ainda que Gilmar por razões distintas.
O
que não se perdoa foi a maneira como negociou seu salvo-conduto. A fim de ser
poupado dos ataques desqualificadores do macarthismo caboclo, optou por
aliar-se aos vingadores, tornando-se seu principal avalista.
A
história não o perdoará. E não será por conta do “negro de primeira linha”.
Anaïs
Fernandes e Talita Fernandes, na Folha, chamam a atenção para o fato de que a proposta
de reforma previdenciária do governo Bolsonaro não ser cruel apenas com os mais
velhos, que já estão no mercado de trabalho.
É
que, com a eliminação do recolhimento de FGTS e da multa por demissão para a
contratação de trabalhadores já aposentados, os mais jovens passarão a ter uma
escolha trágica: ou aceitam o que virá de redução de direitos com a tal
“carteira verde amarela” ou serão preteridos em muitos postos de trabalho onde
não for requerido vigor físico.
Afinal,
contratar um aposentado significa, com isso, um economia de 11,2% ao
empregador, isso se não acabar caindo a obrigação de recolhimento de INSS sobre
sua folha, o que é provável, desde que o Supremo vedou o recálculo de benefício
da chamada “desaposentação”.
Reparem,
não será sequer uma possibilidade de que o trabalhador de mais idade enfrentar
o desemprego que o impeça de alcançar o tempo de contribuição.
É,
simplesmente, a criação de um empregado mais barato para determinadas funções
(caixas de supermercados e outros comércios, por exemplo).
Quem
quiser competir com essa “vantagem” terá de abrir mão de direitos pela
aceitação da tal “carteira verde amarela).
Terá,
não. Todos teremos, porque com um novo regime de relações de trabalho “mais
barato” será escolher entre aderir ou ficar na rua.
Obra
sobre vida e morte de intelectual, educador e escritor brasileiro desvenda mais
um crime da Ditadura militar brasileira.
Será
lançado, em São Paulo, no dia 14 de março próximo, o livro Breve história da
vida e morte de Anísio Teixeira: desmontada a farsa da queda no fosso do
elevador, de minha autoria, com Prefácio de Haroldo Lima.
Inicialmente,
é apresentada uma retrospectiva das contribuições de Anísio Teixeira para a
educação e a cultura brasileira, com vistas a examinar os conflitos entre ele e
setores conservadores que, por mais de quarenta anos, enfrentaram sua tentativa
de generalizar a educação pública e gratuita de qualidade no Brasil. Merece
destaque a compreensão do educador sobre o papel da escola pública na
construção e consolidação da democracia, segundo as avançadas concepções dos
educadores norte-americanos John Dewey e William Kilpatrick, que conheceu, em
1927, no Teachers College da Universidade Colúmbia, em Nova Iorque. Passado
quase meio século, torna-se importante o esclarecimento da morte de Anísio
Teixeira, por ter sido ele o principal mentor da luta pela escola pública
universal e gratuita no Brasil. De fato, sua morte, representou um duro golpe
nessa luta, ainda bastante atual.
O
trabalho resulta da pesquisa desenvolvida pelo autor, durante 30 anos, segundo
a qual Anísio Teixeira não morreu em consequência de queda em um fosso de
elevador no Edifício Duque de Caxias, na Rua Praia de Botafogo, 48, no Rio de
Janeiro, em 11 de março de 1971, onde residia o acadêmico Aurélio Buarque de
Holanda Ferreira.
Foi
uma entrevista concedida ao autor, pelo então senador Luiz Viana Filho, em 17
de dezembro de 1988, que mudou completamente o rumo da investigação sobre a
morte mal explicada de Anísio, e que agora permitiu a conclusão definitiva de
que ele nem caiu nem foi empurrado para o fosso do elevador onde seu corpo foi
encontrado no final da tarde de 13 de março de 1971.
A
versão da queda no elevador (acidental, ou provocada), que havia sido a
explicação dada para a morte pela imprensa, sem qualquer base investigativa,
conseguiu prevalecer por quase meio século. Tudo leva a crer, pelo que o livro
apresenta, que Anísio foi morto em outro lugar, e seu corpo levado e acomodado
na parte inferior do fosso do elevador.
A
farsa, agora definitivamente desmascarada, foi descoberta a partir dos novos
documentos (fotografias e o Auto do Exame Cadavérico) , entregues à família do educador
pela Comissão Nacional da Verdade. A partir deles conclui-se, definitivamente,
que a morte de Anísio Teixeira não ocorreu no dia 11, tal como a versão falsa
afirmava, mas a 12 de março de 1971, e que é impossível ele ter caído no fosso
do elevador.
Vivia-se
no país uma época tenebrosa, após a edição do AI-5, de 13 de dezembro de 1968.
Avolumava-se a escalada de truculência, arbítrio, prisões, torturas, sequestros
e assassinatos, a cargo da ditadura militar. Paralelamente, ampliava-se a
resistência, com brasileiros de variadas posições sociais em busca de formas de
se opor à ditadura, dentre as quais, no caso mais extremo, o confronto armado
com o regime que derrubou o Presidente João Goulart, em 1964.
O
livro explica de forma minuciosa que é muito provável a hipótese do assassinato
de Anísio, por conta de razões políticas. No entanto, a despeito das indicações
consistentes sobre um suposto crime político, ainda não se autorizam conclusões
definitivas sobre quem o matou e onde o assassinato foi perpetrado.