Imagem das manifestações pelo Brasil.
A primeira manifestação
buritiense nesse sentido aconteceu no dia 27 de junho, em que os manifestantes
se deslocaram por toda cidade gritando palavras de ordem, oportunidade que cobravam
um feixe de reivindicações (saúde, educação, segurança e outras políticas públicas fundamentais ao cidadão), mas clamavam principalmente por SEGURANÇA PÚBLICA E
JUSTIÇA, esta última em razão da ausência constante de magistrado na comarca de
Buriti, repudiando a imoralidade chamada TÊ, QUÊ, QUÊ, ou seja, o juiz chega na terça-feira
e vai embora quinta-feira e processos judiciais importantes se perpetuando sem julgamento.
Imagens da manifestação do
dia 27 de junho nas ruas de Buriti.
Com relação a Segurança
Pública a situação é muito precária, o município de Buriti estar sendo invadido
diariamente por bandidos armados, que furtam, arrobam e assaltam trabalhadores
a luz do dia sem que nada aconteça, a exemplo disso é a agência dos Correios,
que num curto espaço de tempo, contabiliza nove eventos dessa natureza, sem que
haja um resultado concreto quanto aos autores dos delitos. São falhos tanto o
policiamento preventivo que deve ser ostensivo, quanto a polícia judiciária
investigativa, nenhuma dessas instituições estão dando conta do “recado” em
Buriti.
Indignados, revoltados com
essa situação os buritienses também saíram às ruas para protestar, criaram o
movimento “ACORDA BURITI”, e para
dar continuidade a seus clamores, iniciados em 27 de junho, tiveram a ideia de
realizar uma audiência pública que ocorreu no dia 10 de julho, na sede da AMIB (ver pauta aqui),
para isso convidaram a participarem do evento todas as autoridades constituídas
do município (prefeito, secretários municipais, promotor de justiça, comandante
regional da policia militar, juiz de direito, presidente câmara e Vereadores).
Aconteceu o que já se
esperava, a população participou em peso da reunião, entretanto, a participação
dos representantes da sociedade civil organizada foi deficiente, a grande
decepção ficou por conta das autoridades constituídas que deram as costas para
o povo, sequer, tiveram a preocupação de justificarem suas ausências. Negaram-se
a dialogar pacificamente com a comunidade, que só queriam algumas respostas ou alternativas
para suas aflições, quanto a má qualidade ou total ausência de prestação dos serviços públicos fundamentais.
Não fosse o
comparecimento do major Edivaldo, comandante do policiamento regional sediado
em Chapadinha, o bloco das autoridades convidadas investidas em algum poder de decisão no
município de Buriti, teria sido uma total negação, o major Edivaldo não se
acovardou ao chamamento, compareceu, ouviu atentamente o sofrimento do povo e com
maestria respondeu todas as perguntas que lhes foram feitas, e em nenhum momento
reclamou de constrangimento.
A participação do major
Edivaldo foi positiva, a propósito, inicialmente pediu o apoio incondicional da
comunidade buritiense no combate a violência (se organizando, denunciando bandidos
e autoridades omissas e reivindicando sempre). Ao final o Comandante prometeu o aumento do
efetivo em no mínimo 3 três policiais, um programa de combate as drogas junto
aos jovens e ajuste no efetivo local para que atenda minimamente a comunidade.
Muito positiva foi a
Audiência Pública ao demonstrar civilidade, muito embora, ofendida com a
ausência das ditas autoridades constituídas do município, não perdeu o seu
caráter CIDADÃO, caminhou incólume com a finalidade de atingir seus objetivos,
o diálogo aberto e franco na resolução dos problemas cotidianos dos sofridos e
humilhados cidadãos buritienses. Todavia, o intento é não desistir, afinal de
contas, as grandes conquistas se obtém por etapas.
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