Levando em conta mortes de
crianças de até 5 anos, a queda foi de 77,4%.
Brasil superou em 33% a meta do milênio de redução da mortalidade.
A taxa de mortalidade infantil no
Brasil caiu 75% entre 1990 e 2012, de acordo com relatório da ONU divulgado
nesta sexta-feira (13). Se, em 1990, o país registrou 52 mortes de crianças a
cada mil nascidos vivos, em 2012, a taxa foi de 13 mortes a cada mil nascidos
vivos.
A mortalidade infantil considera
os óbitos de crianças com menos de um ano de idade. Os dados são de estudo
realizado com a colaboração da Unicef, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e
do Banco Mundial.
Levando em conta a mortalidade de
crianças de até 5 anos no país, a queda é de 77,4%. Em 1990, essa taxa era de
62 mortes a cada mil nascidos vivos, caindo para 14 mortes a cada mil nascidos
vivos em 2012.
Os Objetivos do Milênio
estabelecidos pela ONU em 2000 previa a redução da mortalidade de crianças de
menos de 5 anos para 21 mortes a cada mil nascidos vivos até 2015 no Brasil.
Segundo a Unicef, portanto, o país já superou em 33% a meta estabelecida, mais
de um ano antes do prazo previsto. O estudo aponta, ainda, que o Brasil teve o
melhor desempenho entre os países da América Latina.
Para Antonella Scolamiero,
representante adjunta da Unicef, contribui para o bom desempenho o sistema de
saúde que possibilita atendimento integral ao cidadão com a
responsabilidade compartilhada entre União, estados e municípios.
“Com este resultado, Brasil se
destaca no cenário internacional como um dos países que mais reduziram a
mortalidade infantil nos últimos anos. É preciso que se reconheça que está
sendo alcançado o compromisso que o Brasil aceitou assumir”, disse Antonella.
Já a mortalidade neonatal, que
corresponde às mortes ocorridas nos primeiros 28 dias de vida do bebê, também
teve queda, ainda que um pouco menor: passou de 28 mortes a cada mil nascidos
vivos em 1990 para 9 mortes a cada mil nascidos vivos em 2012, o que
corresponde a uma diminuição de 67,8%.
No ano passado, 37 mil crianças
com menos de 1 ano morreram no Brasil, segundo a ONU, número que chegou a 180
mil em 1990. Entre as crianças de até 5 anos, foram 42 mil mortes em 2012. Em
1990, o número tinha sido de 219 mil.
Norte e Nordeste
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse considerar que, apesar do
resultado positivo, é preciso trabalhar para continuar diminuindo os índices e
melhorar o atendimento à saúde infantil e pré-natal no Nordeste e na região
Norte.
“O Brasil reduziu mais do que
toda a América Latina, do que os países emergentes, mais do que s BRICs [grupo
formado por Brasil, Rússia, Índia e China], e mais dos que os países de renda
média alta. Este é um passo que o Brasil deu nesses anos. Este é um numero
expressivo que deve servir não de comemoração, mas der aprendizado”, declarou
Padilha.
O Nordeste foi a região que
registrou maior redução no índice de mortalidade de crianças até cinco anos,
passando de 87,3 mil óbitos em 1990 por mil nascidos vivos para 19,6 em 2012.
Entre os estados com maior redução, estão Alagoas, onde a queda foi de 84% e
Ceará, onde o índice diminuiu (82%).
No mundo
O relatório revelou ainda que a mortalidade infantil no planeta caiu para quase a metade desde 1990, embora 18 mil crianças de menos de cinco anos continuem morrendo a cada dia. Entre 1990 e 2012, o número de mortes de crianças passou de 12,6 a 6,6 milhões em todo o mundo, ou seja, uma queda de 47,8%.
O relatório revelou ainda que a mortalidade infantil no planeta caiu para quase a metade desde 1990, embora 18 mil crianças de menos de cinco anos continuem morrendo a cada dia. Entre 1990 e 2012, o número de mortes de crianças passou de 12,6 a 6,6 milhões em todo o mundo, ou seja, uma queda de 47,8%.
Segundo o documento, esta
tendência é sinal dos 'progressos substanciais' que ocorreram para reduzir em
dois terços a mortalidade infantil antes de 2015. Essa redução é um dos oito
Objetivos do Milênio para o Desenvolvimento estabelecidos pela comunidade
internacional em 2000.
Mas, de acordo com o relatório, o
ritmo de queda não deve ser suficiente para alcançar esse objetivo nos prazos
fixados. A persistência do problema sobretudo na África Subsaariana e na
Oceania é um dos principais motivos para esse atraso.
Fonte: G1
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