Casa de palha impera no Maranhão
Saiu na tarde desta
segunda-feira (29), o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 divulgado
pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e o PNUD (Programa das
Nações Unidas pelo Desenvolvimento no Brasil). No ranking apresentado pelos institutos,
o Maranhão obteve nota 0,639 – numa que varia entre 0 e 1.
O Maranhão ficou em
penúltimo lugar na avaliação geral feita pelo Atlas do Desenvolvimento, ficando
à frente apenas do estado de Alagoas, que obteve resultado 0,631.
Segundo o Atlas, dois
terços dos 5.565 municípios brasileiros estão na faixa de desenvolvimento
humano considerada alta ou média. Ao mesmo tempo, a porcentagem de municípios
na classificação “muito baixa” caiu de 85,5% em 1991 para 0,6% em 2010.
O Atlas do
Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 aponta que o IDHM (Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal) médio do país subiu. Entre 1991 e 2010,
o índice cresceu 47,5% no País, de 0,493 em 1991 para 0,727 em 2010 – quanto
mais próximo de 1, maior é o desenvolvimento.
As cidades com notas
mais próximas de 1 no IDHM são São Caetano (SP, com índice 0,862), Águas de São
Pedro (SP, com 0,854) e Florianópolis (SC, com 0,847).
Os piores índices foram
registrados em Melgaço (PA, com 0,418) e Fernando Falcão (MA, com 0,443). Na
“lanterna” do desenvolvimento municipal também Marajá do Sena (MA), com 0,452.
Para calcular o
desenvolvimento da qualidade de vida de cada estado, são levados em
consideração os índices educacionais, de expectativa de vida e de renda da
população de cada estado e município.
O Atlas do
Desenvolvimento Humano brasileiro contém, além do IDH dos municípios
brasileiros, outros 180 indicadores socioeconômicos, com base em dados do Pnud,
do Ipea, da Fundação João Pinheiro e do IBGE (Censo 2010), levando em conta
itens como demografia, educação, renda, desigualdade social, e acesso a
serviços básicos.
O IDHM é um índice
composto por três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e saudável
(longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda).
O Brasil passou de um
patamar “muito baixo” (0,493 em 1991) para um patamar “alto” (0,727) de
desenvolvimento social. O que mais contribuiu para esse índice foi o aumento na
longevidade (a expectativa de vida da população subiu de 64,7 anos para 73,9
anos). Também houve aumento na renda, de 14,2% ou (R$ 346,31) no período.
Entre os três
indicadores que compõem o IDHM, o que mais contribuiu para a pontuação geral do
Brasil em 2013 foi o de longevidade, com 0,816 (classificação “desenvolvimento
muito alto”, seguido por renda (0,739; “alto”) e por educação (0,637; “médio”).
O subíndice educação,
uma das variáveis que compõem o IDHM, é o que mais puxa para baixo o desempenho
do País. Em 2010, a educação teve uma pontuação de 0,637, enquanto os
subíndices renda (0,739) e longevidade (0,816) alcançaram níveis maiores.
Apesar de educação ter
o índice mais baixo dos três, foi o indicador que mais cresceu nos últimos 20
anos: de 0,279 para 0,637 (128%).
JOHN CUTRIM