segunda-feira, 13 de abril de 2020

ESTUDO AFIRMA QUE CASOS REAIS DO COVID-19 SÃO 9 VEZES ACIMA DO ‘OFICIAL’

O Globo publica hoje, com base num estudo de um grupo de pesquisadores da PUC-Rio, Fiocruz, USP e outras instituições, a estimativa de que os casos reais de infecção por coronavírus no Brasil devem ser hoje perto de 250 mil, em lugar dos 23.430 confirmados pelo Ministério da Saúde, pelo fato que 225 mil não foram notificados ou classificados.
A razão é a falta quase absoluta de testes laboratoriais, critério adotado pelas autoridades para informas à população o quanto a doença já se alastrou pelo país.
Aqui, você pode ver o mapa preparado pelo jornal, com os dados de subnotificação estimados estado por estado e, destaque-se, as baixíssimas percentagens de casos registrados em São Paulo (só 6,5%) e no Rio (7,2%), os dois principais polos de implantação da epidemia. Outra preocupação, o Amazonas, tem apenas 6,1% de taxa de notificação.
Há dias, tem-se criticado aqui o método adotado de só contabilizar casos testados positivos em laboratório, tanto pelo fato de não termos testes para ninguém, a não ser mortos e pacientes graves, na maioria, quanto pela incapacidade de processar grande parte dos testes realizados.
O resultado é não apenas a subnotificação monstruosa, mas também a baixa da guarda nas medidas de isolamento social, sobretudo sabendo que há um bando de energúmenos dizendo que “está passando” a ameaça viral e, com isso, pressionam a que as pessoas voltem às ruas e espalhem a contaminação.
O número encontrado pelos pesquisadores já nos coloca no nível do primeiro grupo em quantidades de infectados, embora não seja possível estabelecer uma correlação mecânica com eles porque, por lá, também a subestimação – em grau bem menor, claro – dos casos existentes.
O número de mortes é, igualmente, irreal, mas em escala menor – não nas 9 vezes a mais das contaminações. É seguro dizer que é três ou quatro vezes, como já se demonstrou aqui ao exibir-se a imensa quantidade de casos de internação que ficam numa classificação de “outros” nos dados oficiais, quando, sabe-se, são de casos de Covid-19.
Some-se a isso a chegada tardia da epidemia aqui, fazendo com que os casos, mesmo severos, sejam “novos” e que só agora comecem a evoluir para a condição de grave , daí, para mortes. E, como não há testes, as mortes “não crescem” apenas porque eles não existem.
Para resumir a questão: está sendo contada uma mentira ao povo brasileiro.
A qual, amanhã, vai se evidenciar em comboios fúnebres e em um escândalo mundial.
Do Tijolaço

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