Objetivo do protesto era impedir que conselho universitário aprovasse adesão da entidade ao Exame Nacional do Ensino Médio
Estudantes da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) invadiram, na manhã de hoje, a reitoria da instituição para tentar impedir que o Conselho Universitário aprove a adesão dela ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A manifestação durou aproximadamente três horas. Nesta segunda-feira, o Conselho Universitário estava reunido para definir se a Uespi iria aderir ou não ao Enem. Em virtude do protesto dos estudantes, o Conselho adiou essa decisão para o dia 28 de abril.
A manifestação causou grande tumulto na reitoria. Policiais militares foram chamados para tentar conter o protesto dos estudantes. A resposta deles veio em forma de vaias e de palavras de protesto. O vidro de uma porta foi quebrado na confusão.
Houve momentos de tensão e os estudantes chegaram a pedir a presença do governador Wilson Martins (PSB). Os universitários prometem realizar novos protestos na próxima quarta-feira. Agora, em frente ao Palácio de Karnak, sede do governo do Piauí.
A possibilidade de adesão da Uespi ao Enem foi levantada na semana passada após o reitor da Uespi, Carlos Alberto da Silva, participar da terceira reunião administrativa da Associação Brasileira de Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (ABRUEM).
A reitoria alega que a adesão da Uespi ao Enem facilitaria o envio de recursos do Ministério da Educação (MEC) para a entidade e facilitaria o ingresso de um maior número de estudantes ao ensino superior. Além da Uespi, outras universidades estaduais já vislumbram a possibilidade de aderirem ao Enem, como a Universidade Estadual do Maranhão (Uema).
Wilson Lima, iG Maranhão
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