O que precisamos no Brasil, para sair desta ditadura
jurídico-midiática e da opressão financeira do neoliberalismo, é da efetiva
renovação política.
Não para colocar os filhos da gerontocracia que domina há
séculos nossa Nação, os "netos do poder".
A única vez que tivemos a possibilidade de mudar,
verdadeiramente, o País, com nova economia, novos padrões de sociedade e
cultura, foi na Revolução de 1930, dirigida pelo nosso maior estadista até
agora, Getúlio Vargas.
Ele também foi deposto, exilado no próprio território
nacional, atacado pela corrupta comunicação de massa, sempre a soldo dos
interesses estrangeiros, e jamais saiu da alma do povo.
Getúlio encontra agora, igualmente perseguido pelas
"forças e os interesses contra o povo", que "não me acusam,
insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa",
seu sucessor, estadista e popular, Luis Inácio Lula da Silva.
Mostrando mais do que um gênio político, a grandeza da alma
que se preocupa com a nação e seu povo, como Vargas, em 1945, Lula disse:
"Vote em Haddad!", "Vote em Manuela!".
Um dos aspectos do Brasil que Vargas queria construir está
relatado em "América aracnídia", de Ana Luiza Beraba. Vemos ali o
modo de colocar o Brasil como referência e projeção continental durante o
Estado Novo. Na edição de um suplemento – Pensamento da América – contando com
intelectuais melhor relacionados com as culturas e autores latino-americanos,
caribenhos, estadunidenses e canadenses, formou-se no dizer de Ana Luiza as
"teias culturais interamericanas".
Coloco este fato, pouco conhecido, para mostrar a dimensão de
um estadista, acima de tudo interessado na construção de um País soberano,
capaz de promover o desenvolvimento para seu povo, e conquistar respeito e
projeção no exterior.
Lula com o Mercosul e com os BRICS agia na mesma linha de
Getúlio. E, como é óbvio, aqueles que "não querem que o povo seja
independente", promovem "campanha subterrânea dos grupos
internacionais" aliados a "grupos nacionais revoltados contra o
regime de garantia do trabalho. Contra a justiça da revisão do salário
mínimo" contra a "liberdade nacional na potencialização das nossas
riquezas através da Petrobrás" querem destruir as conquistas da Era Vargas
e o Legado de Lula.
O mar de lama não corria no Catete de Vargas, como não corre
nas lideranças do Partido dos Trabalhadores. Lá, como agora, o mar de lama
corre nas hostes entreguistas, nos golpistas que querem entregar a Petrobrás, a
Eletrobrás, as riquezas nacionais, a previdência social e o salário digno dos
trabalhadores.
Precisamos de um governo que acabe com o monopólio midiático,
com a entrega do patrimônio natural e o construído pela Nação, que nos devolva
a dignidade e a garantia do trabalho, que leve nossa cultura a outros povos e
nos dê a paz.
Poderemos ter Soberania e Paz com um Presidente que afirma:
"Pobre não sabe fazer nada", segundo a Folha de São Paulo? Ou tem um
vice para quem o Brasil herdou a "indolência dos indígenas e a malandragem
dos africanos", em evento na Câmara de Indústria e Comércio de Caxias do
Sul (RS).
Ou de candidato que promete rever o papel do Estado, hoje,
"caro, inchado e ineficiente" e "diminuir a máquina"
nacional para que seja ocupada por empresas estrangeiras, pagando salários
miseráveis, eliminando direitos trabalhistas e previdenciários, exportando a
preços vis nossas riquezas naturais, nosso petróleo, nosso minério, a água de
nossos aquíferos, para lucro dos fundos abutres, dos ricos investidores
estadunidenses, europeus e asiáticos?
Estamos diante de um conjunto de candidatos que representam o
passado, um passado de escravidão e de ódio.
O medo da mudança, por essas forças do passado, ficou
claramente demonstrado pela Rede Bandeirantes censurando a presença de Haddad
no debate dos presidenciáveis pela televisão.
Precisamos tirar estas teias de aranha da sala, de nossa
porta.
Precisamos da juventude de idade e de ideias. Ele disse:
Haddad e Manuela.
Pedro Augusto Pinho - é avô, administrador aposentado.
GGN
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