Convocatória
falava em "parar o Brasil" com atos "do Oiapoque ao Chuí";
números são inferiores aos do 15M, pela educação.
Manifestantes
pressionaram o STF e o Congresso e pediram aprovação da reforma da Previdência
e do pacote "anticrime" de Sergio Moro / Nelson Almeida / AFP
Com pautas
difusas e tons de autoritarismo, manifestantes pró-Bolsonaro (PSL) se
reuniram em cerca de 130 cidades do país neste domingo (26) para
demonstrar apoio ao presidente da República. Embora a convocatória nas redes
sociais falasse em "parar o Brasil" com atos "do Oiapoque ao
Chuí", os números foram inferiores à greve
nacional do último dia 15 em defesa da educação pública, que
mobilizou 152 municípios.
Grupos
como o Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem pra Rua, que lideraram
as manifestações pelo golpe contra a presidenta Dilma Rousseff (PT) e
ajudaram a eleger Bolsonaro nas ruas, não
compareceram aos protestos deste domingo. Eles reuniram setores com
pautas mais conservadoras, como o Direita São Paulo, Revoltados Online e o
Clube Militar. Entre as demandas
apresentadas na rua, estão a aprovação da reforma da
Previdência e do pacote
"anticrime" do ministro Sergio Moro. As palavras de
ordem mais agressivas eram direcionadas ao Supremo Tribunal Federal
(STF) e ao chamado "Centrão", ala que reúne partidos de
centro-direita no Congresso Nacional.
Ao
todo, houve manifestações em 22 estados e no Distrito Federal (DF) – os
protestos contra os cortes
na educação, no dia 15, ocuparam as ruas de todos os 26 estados
brasileiros e mobilizaram mais de um milhão de pessoas.
Segundo
os manifestantes, o governo não sofre de inaptidão
e ineficiência. Para eles, Bolsonaro não consegue reverter a crise
econômica e institucional porque não há harmonia entre os poderes, que
impossibilitam a efetivação dos planos do presidente e sua equipe ministerial.
Aos gritos de "mito", os apoiadores do presidente criticaram o vice,
Hamilton Mourão, e enalteceram Olavo de Carvalho, considerado o "guru do
bolsonarismo".
Os
atos aconteceram em algumas das maiores cidades do país desde as 10 horas
da manhã. Em Brasília (DF), se reuniram 10 mil manifestantes, segundo a Polícia
Militar (PM). Em Belém (PA), foram três mil. Em Belo Horizonte (MG) e no Rio de
Janeiro (RJ), não foi divulgada uma estimativa oficial de público.
Em
São Paulo (SP), Recife (PE), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS) e Curitiba
(PR), os atos começaram à tarde, a partir das 14 horas. A Avenida Paulista, na
cidade mais populosa do Brasil, recebeu o maior protesto do dia.
Brasil
de Fato
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