A
nova pesquisa Datafolha, divulgada há pouco, não tem, a rigor,
novidades.
Porque
os dados diferentes que traz são algo que todos já sabíamos: o “derretimento”
da candidatura de Celso Russomano e que o apoio de Jair Bolsonaro, em lugar de
votos, traz rejeição.
A
candidatura de Guilherme Boulos, ao contrário, mostra que já estabeleceu uma
base sólida e, por isso, será natural que muitos eleitores partidariamente
alinhados com o PT comecem a ver nele a possibilidade de um segundo turno
contra Covas, o candidato de João Dória.
Jilmar
Tatto não foi capaz de uma arrancada suficientemente forte, com a base de apoio
do PT, para que se tornasse viável.
Presença
certa na rodada final, o neto de Mario Covas terá, ali, de assumir a sua
identidade com o governador, que ostenta, como Bolsonaro, alta taxa de
rejeição.
Márcio
França, alternativa “comportada” ao tucanismo avesso a Doria, parece empolgar
pouco, ao ponto de mais da metade de seus potenciais eleitores admitirem que
podem mudar o voto.
A
tendência é de que haja um segundo turno entre Bruno Covas e Guilherme Boulos
e, neste caso, será necessária muita maturidade do PSOL, se não quiser ser um
adversário fácil para o “dorismo”.
O
discurso nacional será essencial nisso, porque obrigaria Covas a se posicionar
frente ao bolsonarismo. E ficar preso no dilema de atrair a extrema-direita sem
arrastar junto a imensa rejeição de Jair Bolsonaro, além da de Doria.
Do Tijolaço!
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