A aversão deste blog pelo chamado “mundo-cão” não
pode impedir que se reflita sobre o que é a aparição da imundície da atuação do
tal Gabriel Monteiro, a quem a pose de machão-armado-desaforado valeu a eleição
como o terceiro vereador mais votado do Rio de Janeiro.
Sei que leitores e leitoras do Tijolaço, até
pelo mesmo nojo que me provoca, talvez não atinem com o que é este cidadão.
Gabriel tem origens no MBL, do qual se afastou por
considerá-lo “pouco bolsonarista” e uma trajetória de abusos, de “sabe com quem
está falando” e exibição de armas.
Sabe-se se agora que tudo em cenas “armadas”, usando
seus assessores e armamento das “escolta policial” pagos com dinheiro público.
Valia-se, também, de uma aura de “cidadão do bem”,
dizendo-se evangélico, filho de pastor, mas promovia orgias com meninas e
mentia como um demônio ao explorar crianças pobres como fachada de seu
farisaico perfil de “benfeitor”.
Não se dê a esta pústula, porém, mais responsabilidade
do que ela tem.
É um, apenas um, dos detritos que a maré
bolsonarista trouxe à vida pública.
Hoje a polícia, finalmente, foi parar em sua porta
onde, dizem testemunhas, há dois arsenais: um de armas de todos os grossos
calibres, outro de uma suposta coleção de vídeos de suas proezas de garanhão.
Ainda assim, nada do que encontraram significa algo
perto da moderação com que a mídia trata as afirmações gravíssimas que foram
feitas sobre a execução de um miliciano tramada dentro de um palácio, seja o do
Planalto, seja o Guanabara, dependendo de quem o diz.
Gabriel Monteiro é um lixo, que será descartado até
mesmo por uma Câmara Municipal abjeta, como é a do Rio.
O que tem de ser detido é o que o trouxe à tona, a
ele e a outros, com a transformação da política em um espetáculo de selvageria.
Tijolaço.