Milton
Ribeiro vai para o sacrifício, mais dia, menos dia.
Não
chega a ser um “cordeiro de Deus”, inocente, que vai ser imolado para purgar o
oceano de negócios que se tornou a relação de Jair Bolsonaro com os evangélicos
– sejam os que se organizam para o saque nas bancadas governistas do Centrão,
seja no submundo da picaretagem de varejo, que exploram, a peso de ouro (literalmente,
1 kg), a traficâncias de prestígio e poder nos ministérios – agora o da
Educação e, vimos antes na CPI da Covid, os da Saúde.
Mas
resolveu criar uma “apoio evangélico próprio”, usando os pastores com acesso
direto ao Planalto e deu-se mal, embora, de boca, ainda esteja recebendo apoio
da família presidencial. Que, por sinal, estava satisfeita com ele e franqueava
a Ribeiro as portas da intimidade domésticas.
Não
será o suficiente, mas não pelo escândalo nacional que se produziu, mas porque
a a estrutura chantagista do Centrão – em boa parte formada pela bancada
evangélica – não pode ser melindrada justo quando é preciso que os púlpitos
estão para ser convertidos em palanques.
Esta
é a razão central pela qual a “bancada evangélica” quer se dissociar do
episódio e, e possível, mandar Mílton Ribeiro, como ao bode expiatório, para o
deserto do esquecimento.
Muitos
podem não crer, mas o escândalo que importa é o que se causa entre os fiéis
evangélicos que não querem – e não tem razão – para serem castigado pelas
maracutaias daqueles e de outros pastores.
É
gente, em geral, trabalhadora e humilde, sendo acossada pelo cavaleiro do
Apocalipse de nome inflação que, como no livro, faz dizer: “Só um quilo de
trigo ou três quilos de cevada por um denário, mas não há azeite de oliva nem
vinho”.
O
apoio a Bolsonaro por manipulações de pastores, que já enfrenta problemas entre
o povão, já minguou e tende a minguar mais, com a crise econômica.
Bolsonaro
não pode se dar ao luxo de “bancar” Ribeiro, por mais que D. Michelle lamente.
Entre
o pastor do MEC e a chance de salvação, a escolha é certa.
Tijolaço.
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