Inacreditável
o que revela Jamil Chade, no UOL: um documento da Confederação Nacional da Indústria ao
Senado brasileiro fazia coro à possível indicação de Eduardo Bolsonaro para a
embaixada brasileira em Washington, um dos mais importantes postos do Itamarati
e lugar vital para nossas relações comerciais com os EUA.
Como
se sabe, “Dudu” apresentou, na ocasião, um currículo espetacular: “já fiz intercâmbio, já fritei hambúrguer lá nos Estados Unidos“.
O interesse, todos sabiam, era fortalecer as ligações com os “chapéus de
búfalo” da extrema direita norte-americana e com seu líder Steve Bannon.
Vindo
dos Bolsonaro, não espanta, a não ser pela desfaçatez. Mas o empresariado
brasileiro mostra, com isto, que não tem nenhuma noção de negócios que não seja
movida pelo puxassaquismo e pela ideia de que lobbies junto
a governos de plantão.
Que
diferença para os Antonio Ermírio de Moraes, para os Cláudio Bardella, para os
José Midlin, que hoje chorariam de vergonha ao verem os nossos “capitães de
indústria” estarem ao mesmo nível do ex-capitão que nos, infelizmente, preside.
Dá
para entender assim porque nossa indústria está minguando, por conta de uma
elite empresarial que assistiu, silente, ver acabarem com dois de seus mais
destacados ramos: a construção pesada e a naval, e como aplaude a Petrobras que
vai se “livrando” da indústria petroquímica e de refino de petróleo, atirando o
país da dependência de combustíveis caríssimos.
Tijolaço.
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