Duas
notícias de hoje chamam a atenção.
Uma
a de que os empregos informais – sem carteira ou “por conta própria”, na imensa
maioria, os “bicos” –, em 2018, superaram o número de empregos formais, e com
folga.
33
milhões de carteiras assinadas, – quatro milhões a menos que em 2014 – contra
11,5 milhões de trabalhadores sem carteira (2 milhões a mais que antes) e 23,8
milhões trabalhando “por conta própria”, também dois milhões a mais que no
início da crise, segundo as contas do IBGE.
Não
é preciso ser nenhum gênio econômico para saber que, logo adiante, o encontro
de contas entre os milhões a menos recolhendo e as aposentadorias e benefícios
que, inevitavelmente, terão um dia de receber. Sem falar, é claro, nos direitos
de férias, proteções acidentárias, FGTS e tudo o que perdem com a
informalidade.
A
outra é o fato de que, apenas no ano passado, perdemos cerca de 30% das matrículas de crianças estudando em
horário integral no ensino fundamental (até o 9° ano), que caíram de
3,8 em 2017 para 2,55 milhões no ano passado.
Um
milhão e meio de crianças, portanto, jogadas na rua nas horas em que seus pais
têm de trabalhar, um caminho certo para o descaminho dos adolescentes que
serão.
É
quase um exercício de sadismo dizer aos brasileiros que é preciso ter uma
previdência sustentável e que a educação é o caminho do desenvolvimento e
praticar políticas que levam a estes indicadores.
Dizem
que estamos saindo do desastre e nos afundam cada vez mais.
Do Tijolaço
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