Leio
comentaristas da imprensa dizendo que Paulo Guedes, Sérgio Moro e a “ala
militar” estão preocupados com a insanidade que toma conta de Jair Bolsonaro.
Seriam
a “parte boa” de um governo (?) ruim, diferente das Damares, dos Ernestos, dos
Vélez e do próprio chefe.
Que
me perdoem, não há parte boa em um governo tão ruim.
Não
foi à toa que Dante Alighieri escreveu às portas do inferno que deixassem de
lado a esperança todos os que ali entrassem.
Jair
Bolsonaro não era uma incógnita, não era um marciano recém descido à Terra,
alguém que não se soubesse de onde vinha, o que dizia, o que urrava.
Era,
senhores generais, o “capitão-bombinha”, e os senhores não ouviram o conselho
de Ernesto Geisel: “Bolsonaro é um caso completamente fora do normal, inclusive
um mau militar”.
Era,
senhor Guedes, o homem que dizia “sonegar tudo o que desse para sonegar”.
Era,
senhor Moro, o homem que dizia que o erro do regime que agora anda comemorar,
“foi ter matado pouco”.
Os
senhores não são crianças e não eram crianças no ano de 2018, quando aderiram a
ele, achando que era a gazua para chegarem ao governo pelo caminho fácil do
oportunismo e que o poriam na coleira, achando que o pitbull seria um totó
dócil e servil às ambições que vocês nutriam.
Três
meses foram tempo suficiente para que se visse que o país foi entregue a um
aventureiro sem escrúpulos e sem juízo, sem equilíbrio e sem responsabilidade,
sem capacidade nem caráter.
A
situação destes senhores é pior do que a dos “isentões” que ficaram no “nem
isso, nem aquilo” no segundo turno das eleições, cobrando autocríticas que não
são capazes de fazer, ou estariam, num ato de contrição, lamentando a própria
omissão.
Ninguém
que tenha conseguido conjugar um pingo de caráter e um cargo no governo pode
deixar de ver que ele está levando o Brasil a desastres impensáveis. Não lhes
resta, se ainda pretendem apenas o purgatório e não a maldição eterna do povo
brasileiro, senão sair e ajudar a parar a marcha da insensatez à qual se
juntaram achando que lograriam o “capitãozinho maluco”.
Do Tijolaço
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