Este
blog, seus leitores devem ter reparado, foge de “tretas” como o diabo da cruz.
Mas
nunca se esquece do verso de Geraldo Vandré sobre a “volta do cipó de aroeira
no lombo de quem mandou dar”.
A
atitude de Jair Bolsonaro de mandar deter uma mulher que lhe mandou o sonoro
palavrão que estava pedindo ao mandar interditar meia pista (e são só duas) da
rodovia Rio-São Paulo para ser saudado pelos passantes é, por si, uma destas
histórias do famoso “pediu para apanhar”.
Mas,
por seu histórico de referências sexuais, machismos e homofobias, acabou
descambando para a história do “noivinha de Aristides”, que tomou conta das
redes sociais e, reconheça-se, “colou” na sua figura.
A
mulher detida por sua ordem, na Polícia Federal, declarou ter se irritado com a
retenção no trânsito e soltado-lhe um sonoro fdp. É provável. porque não
teria porque conhecer os detalhes extra-tatami do jovem cadete, se
haviam.
Bolsonaro,
o criador do kit gay, conseguiu produzir algo semelhante contra si mesmo,
como um bumerangue do que fez.
Não
importa se tenha havido um sargento Aristides, ou que nem tudo não tenha
passado de inocentes wazaris e ippons, a chacota bem ao
gosto presidencial ficou.
Se
houver carnaval, vai virar fantasia de sucesso, se houver aglomeração, haverá
um gaiato a gritar Aristides!, se houver manifestação será inevitável
o boneco de quimono rosa-choque.
Virou
chacota nos “trending tops” da redes sociais, território por ele controlado e
ele próprio sabe, pelo que ele próprio fez, que ali ali estaa coisas pegam,
tenham ou não verdades a sustentá-las. O aquela “mamadeira” tinha?
A
‘zoação’, da qual Bolsonaro tanto parece gostar com suas piadas de mau-gosto,
supõe que o zoador também possa ser zoado.
Como
diz a gíria moderna, “quem não sabe brincar, não desce pro play”.
Tijolaço.
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