Lula,
devagar, vai juntando peças à sua candidatura, encaixando com cuidado os
pedaços que tecem o quebra cabeças político, até mesmo aqueles que, como
Alckmin, parecia não se encaixar no desenho original e sofre, por isso, o ódio
dos “moristas” como Merval Pereira, que pretendiam vê-lo integrado à campanha
do ex-juiz.
Que,
por sinal, comemora nas redes sociais a adesão do tal “Mamãe Falei”,
num momento que, no meu tempo, seria o de Greta Garbo no Irajá, com a figura se
habilitando a ser o “candidato de Moro” ao governo paulista, para que se veja o
nível.
É
que o União Brasil, partido de locação de Luciano Bivar, fechou com Doria o
apoio a Rodrigo Garcia. Como já se disse aqui que a parte preferida de Bivar na
Oração de São Francisco é o “que se recebe”, a parte do dar ele não aprendeu.
Doria
não fecha acordo para depois ir dar apoio a Moro.
O
fato concreto é que as forças políticas reais vão migrando para Lula ou, quando
não, partindo para um “nem lembro que tem eleição pra Presidente”.
Apoio
nominal de PL, PP, Republicanos, sim, o atual presidente terá. Sapato na
poeira, santinho, panfleto, só em corpo oito, aquela letra miudinha, porque
“candidatos do Bolsonaro” serão os “raiz”, os adeptos do xingamento da
fuzilaria, os “tem de matar mais” e os defensores da esquerda “na ponta da
praia”, expressão cunhada pelo candidato de 2018 para significar prisão e
tortura.
Mas
o mundo real, quatro anos depois de devastado pela dupla Moro-Bolsonaro, segue
existindo e se movendo, pouco propenso, à vista do desastre que foi, a embarcar
em aventuras demagógicas.
Vai
se movendo silenciosamente, quase na sombra e recém começa a aparecer nas
formas visíveis de movimentação política.
Hoje,
Lula recebeu o apoio do PV, um avanço digno de nota para a formação da
Federação Partidária da esquerda, da qual vão se aproximando, devagar, também a
Rede e o PSOL.
O
espaço está se estreitando.
Tijolaço.
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