O
prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, determinou que qualquer pessoa que esteja
nas ruas de Kiev após 17 horas (hora local, meio-dia no Brasil) será
considerado “inimigo” e, em consequência, preso ou alvejado.
O
presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, respondeu que “não precisa de
carona” a uma suposta sugestão dos EUA para que evacuasse a capital do país.
O
Ministério da Defesa do Reino Unido, certamente mais bem informado que quase
todos nós, soltou um comunicado em que diz que a maior parte das tropas russas
está acantonada a 30 km de Kiev.
Não
existe ainda, e por algumas horas, uma batalha por Kiev. Todos os pequenos
avanços russos são localizados, visando destruir os centros militares da
capital, com artilharia e ações de comandos e de sapadores. Os russos querem
evitar tanto quanto puderem o combate urbano, o que mais causa baixas, mas, ao
mesmo tempo, tentam evitar colocar a cidade sob fogo intenso de mísseis e de
artilharia, Basta lembrar das ofensivas dos EUA sobre Bagdá, no Iraque, para
saber que, se quisesse, Putin teria tantas ou mais condições de aniquilar Kiev
com um bombardeio de algumas horas.
Chega
a ser mal-disfarçado o interesse da Otan que isso aconteça e lhe dê uma
vantagem imensa na opinião pública mundial.
O
destino da Ucrânia importa-lhes pouco, porque a submissão do país a Putin será
fartamente compensada com o “prêmio” de colocar bases da Otan na Escandinávia e
avançá-las na Europa do Leste.
Esqueça
qualquer amor à autodeterminação dos povos, não é isso que está em questão, mas
o avanço do império norte-americano para Leste, ou Oriente, se preferirem dar
ao boi o nome que ele tem.
Tijolaço.
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