A antecipação da aposentadoria
de Celso de Mello para o dia 13 de outubro – a data da
“expulsória” por completar 75 anos seria 1° de novembro – cria um clima de
mistério sobre a votação da suspeição de Sérgio Moro nos processos contra Lula
que só os próximos dias irão esclarecer.
Como se esperava que Mello desse um
voto pela suspeição do ex-juiz de Curitiba – o que já ocorreu num caso
julgado em 2013 – e que, junto com os possíveis votos de Gilmar
Mendes e Ricardo Lewandowski, formasse maioria para decretar a nulidade dos
atos praticados na Inquisição de Curitiba.
O julgamento tem o placar de dois a
zero em favor de Moro, neste momento, mas ninguém duvida que, depois de quase
dois anos suspenso, os três votos restantes estão mais do que instruídos e
preparados.
O que vamos saber, agora, é se Gilmar
Mendes, presidente da 2a. Turma do STF, vai liberar o processo e pautá-lo para
julgamento – virtual, quase que certamente, ainda mais depois da onda de Covid
19 – ou se ele e Mello se recolherão ao expediente do tempo para fugir de uma
decisão.
E, portanto, se a cena final dos 31
anos do decano do STF será de coragem ou de omissão.
Do Tijolaço
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