A
pesquisa do Ipec, instituto de pesquisas formado por integrantes do agora
extinto Ibope, sobre as intenções de voto para presidente confirma e amplia o
que o Datafolha havia revelado semana passada: a eleição está cristalizada, com
forte tendência a uma vitória, ainda em primeiro turno, do ex-presidente Lula,
o lento e gradual desgaste de Jair Bolsonaro que, apesar disso, não dá chances
ao surgimento de uma 3ª Via, por manter ainda a coesão do eleitorado de
direita.
Escolhi
para exemplificar os números, o cenário com mais candidatos, que é o mais
provável hoje. Com um improvável número menor de concorrentes, ele tem mais
(48%) e chega a 55,8% dos votos, uma margem segura para vencer na primeira
disputa. Neste, com 52,3%, ainda fica a possibilidade de ter de disputar um
segundo turno, dependendo de oscilações da pesquisa.
E
este mostra o nanismo geral da 3ª Via, com os percentuais muito
baixos de Ciro Gomes e Sérgio Moro (6% e 5%, respectivamente) a prenunciar
um resultado pífio de ambos. O resto, Datena, Doria, Mandetta e Pacheco, a
rigor, não existem como concorrentes, no cenário de hoje.
Com
dois terços do eleitorado escolhendo Lula, majoritário, e Bolsonaro, não há
espaço para que um gato saia do balaio restante e possa fazer frente a ambos.
Também
não parece haver espaço para uma recuperação significativa de Bolsonaro, que
chega a 69% de desconfiança dos eleitores.
A
realidade está se impondo sobre as alegações de que Lula teria uma resistência
intransponível e, embora não tenha havido a divulgação de cenários de um
eventual segundo turno – pode ser que ainda saia, difícil crer que não tenham
testado esta possibilidade – é de se imaginar que Lula possa ter bem perto de
70% dos votos válidos numa disputa “mano a mano” com Bolsonaro.
Os
de “punho de renda” jamais vão entender o povão e suas escolhas.
Tijolaço.
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