Deprimente,
descarado, patético, Luciano Hang foi o primeiro bolsonarista integral na
CPI da Pandemia que, ao contrário dos demais, não escapou de defender todo o
arsenal de asneiras e charlatanismos sustentado por Jair Bolsonaro ao longo de
todos estes meses de desastre sanitário.
Embora
tenha levado um “freio” depois do inacreditável início de seu depoimento, onde
sem nenhum pudor exibiu parte de um vídeo de propaganda da Havan, não houve um
momento sequer onde ele, com o apoio dos ginasiais que faziam barulho na sala
das sessões, tivesse assumido uma postura defensiva ou escapista como os
integrantes do governo fizeram em outras sessões.
Era
previsível, como previsível era para os senadores da CPI que insistiram em sua
presença deveriam saber.
Nem
Omar Aziz, que já teve momentos de ironia e sarcasmo desconcertantes em outros
depoimentos levou vantagem: deveria saber que seria difícil saber que seria
impossível ser blasé diante do que ele próprio chamou de
“monstruosidades” de Hang.
Monstruosidade
que, embora repugne, já é sabida por todas as pessoas que não deixaram o estado
de lavagem cerebral que o bolsonarismo atingiu, mesmo com a montanha de 600 mil
corpos que ela lançou à morte.
Aliás,
situações repugnantes não faltaram, desde o início merchã do
“depoimento” até a fala final do tal Eduardo Girão pedindo patrocínio da Havan
para os clubes de futebol do Ceará.
Reafirma-se
o que se tem dito aqui: a hora de encerrar-se a CPI e apresentar-se seu
elatório de responsabilidades está passando velozmente e grave erro será
esticá-la como novela, por mais absurdo sejam os fatos novos que surgem a cada
semana.
O
momento é o de apontarem-se os crimes – e muitos – ao sistema judicial e
pressionar para que os processos legais tenham curso.
Mas
também de saber que só haverá punição para os monstros quando o maior deles for
retirado do poder.
Tijolaço.
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