Não
há quem se salve no “papelão”do cancelado Brasil e Argentina hoje, no estádio
do Corinthians.
Desde
a manhã, todos estamos sabendo que os argentinos tinham quatro jogadores fora
de condições de jogo, por descumprirem legislação sanitária. O Brasil teve
vários que não vieram por jogar na Inglaterra, mas também temos vários atletas
que rodaram por toda a parte do mundo e se expuseram a todos os riscos de
contaminação, mas na base do “me engana que eu gosto” estão todos “dentro do
regulamento”
A
questão – que provavelmente nem se virá a saber – é quem “esquentou as costas”
para a CBF, responsável pela partida, não ter agido como deveria.
Os hermanos aplicaram
o “agá” tradicional de dizer que não estiveram nas áreas de restrição, a
Conmembol (que não é uma confederação de futebol, mas um escritório de
interesses comerciais) negociou um acordo com a CBF (outro antro de picaretagem
sensacional) e a Anvisa deixou para dar uma de valente em meio a uma
transmissão planetária do jogo, quando podia ter agido logo cedo, retendo os
atletas ainda no hotel.
Como
se vê, a cartolagem toda falhou, e falhou feio.
Mas
todo mundo sabe que cartolas e governantes são irmãos siameses e nenhum
brasileiro duvida que, nas várias horas entre o anúncio da irregularidade e a
entrada dos agentes da Anvisa na Arena Corinthians, muito telefonemas cruzaram
o espaço, talquei?
Mas
nenhum deles foi entre a diplomacia brasileira e argentina, que poderiam ter
evitado este “mico” global.
A
história de que os argentinos se trancaram no vestiário para não serem
abordados pela PF e pelos agentes da Anvisa simplesmente não bate com o fato de
que saíram do vestiário, cruzaram o túnel, entraram em campo e começaram o
jogo.
Houve,
está clarissimo, uma tentativa de deixar pra lá as regras sanitárias, que por
estas bandas não valem nem para o presidente.
Tentativa
que não deu certo e que, não importa quem errou, submeteu os dois países a um
vexame.
Tijolaço.
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