Jair Bolsonaro disse hoje que uma
possível demissão do presidente da Petrobras – algo que aparece, desde
sexta-feira, em notas de muitos jornais e que foi assunto aqui já no início da
semana passada – é assunto que deve ser “perguntado lá pro Sachsida”,
o novo ministro das Minas e Energia.
Como José Mauro Coelho está no cargo
há um mês, é claro que – mesmo querendo – fica mais difícil atropelá-lo, mas
acontece também que sua cabeça passa a ser objeto das pressões altistas que, na
insana política de “paridade internacional de preços” a que, desde Michel
Temer, a empresa está amarrada.
O dólar, mesmo com a queda da
sexta-feira, está mais alto que no dia 11 de março, quando foi feito o último
reajuste da gasolina. E o combustível, no mercado internacional, como você vê
acima no gráfico da bolsa Nasdaq, de Nova York subiu e não foi pouco.
A pressão do mercado de importadores
de combustíveis – que controlam perto de 20% do mercado – por um novo aumento
está se tornando irresistível e a orientação mercadista da
empresa já está para lá do limite que os faz parar a importação e levar o
sistema a desabastecimento, como estava acontecendo com o diesel antes do
aumento da semana passada.
Administração na base do “cortem-lhe
a cabeça” tem este problema: como não se ataca a origem do problema e
prefere-se demitir o gestor, as demissões tendem a se suceder.
E a Petrobras é uma boca riquíssima,
da qual muita gente se aproveita para ganhar fortunas e, desta forma atual,
“legitimamente”, através de lucros extraordinários e da intermediação de
produtos.
A batata do novo e já quase
ex-presidente da Petrobras está sendo, de novo, assada em praça pública.
Tijolaço.
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