Sinto
informar aos bolsonaristas que estão levando água ao moinho de Lula.
As
ameaças de golpe, agora diárias – hoje ele disse que o TSE não pode jogar “no
lixo” os palpites do Exército sobre o processo eleitoral e que paira uma
“sombra da suspeição” sobre as eleições de outubro – não dão ao sr. Bolsonaro
um voto sequer além dos que já tem. Ao mesmo tempo, desobrigam o candidato do
PT de atacá-lo por isso, porque a sua ofensiva é tão virulenta e grosseira que
obriga os integrantes do Tribunal – e do STF – o façam.
Traz
para a cena eleitoral, portanto, quem deveria estar fora dela e, pior, exibe-se
como golpista, para agitar e radicalizar seus adeptos, que se sabem ser
minoria, embora barulhenta.
Poderia
estar, por exemplo, surfando na onda da sanção da lei que tornou permanente o
abono do Auxílio Brasil de R$ 400, de fato algo importante e com repercussão –
pelo valor e pelo alcance -, mas isso desaparece som o som dos latidos e
rosnados que solta contra as eleições.
Sua
bancada na Câmara, construída à base de bilhões do Orçamento secreto, com
dúzias de questões relevantes a tratar, empenha-se na aprovação do tal homeschooling –
o que o cidadão comum nem sequer se dará ao trabalho de entender, porque não
tem nem vontade e nem dinheiro para substituir a escola dos filhos por
“professores particulares” – que interessa apenas a maníacos endinheirados,
decididos a fazer dos filhos gente alienada de qualquer convívio social,
devidamente enjaulada em gaiolas de ouro.
E
seus apoiadores, nas redes, não fazem outra coisa senão atacar Lula, inclusive
e sobretudo, pelo seu casamento. Estão sangrando na veia da saúde, porque
qualquer pesquisinha básica mostra que, em especial no eleitorado feminino (o
que lhe é mais hostil), amores de outono comovem até as pedras.
Propaganda
negativa só atrai recalcados e setores odiológicos, que fazem deles, ao
contrário da categoria a que gostam tanto de apelar, “gente do mal”.
Tijolaço.
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