João
Doria recebe, nesta segunda-feira, os “papa-defuntos” de sua candidatura, já há
tempos em rigor mortis, a rigidez cadavérica que tomou conta de sua
pretensão presidencial.
A
última luz que conseguirá, o homem dos holofotes, já é fraca como a de uma
vela.
Tê-lo
como vice de Tebet não interessa a ninguém: nem a ele, reduzido a uma condição
humilhante, nem a ela e aos algozes do tucano, que, segundo o próprio argumento
que usam, terão de carregar-lhe a rejeição, não apenas na chapa presidencial
mas, sobretudo, na fraca esperança de que Rodrigo Garcia decole da lama em que
está sua candidatura a governador.
Doria
já não serve a ninguém.
Tebet
serve ao PMDB e ao PSDB como ficção e, também, como “contabilidade”: os poucos
gastos de sua campanha servirão para cumprir a cota obrigatória dos 30% do
Fundo Eleitoral que devem ser gastos com candidaturas femininas, desobrigando
de uma “caça às laranjas” incômoda a seus caciques.
Do
ex-governador paulista, não se sabe se tenta faturar o papel de vítima ou se,
de fato, isto o absorveu, porque já não se acredita – porque não se vê – que
ele reaja ou vá reagir à escancarada armadilha a que foi levado.
Está
sendo abatido por Jair Bolsonaro e insiste em fazer do antilulismo o
sua mais constante discurso e de si mesmo um Kim Kataguiri do high-society, o
que o fez perder o justo protagonismo que conseguiu com as vacinas.
Seu
governo em São paulo tem três vezes mais aprovação que ele próprio. Não é
o João Governador que o joga tão fundo no desprezo público, é seu
comportamento político.
Morre
sem ter quem o chore: nem políticos, nem empresários, nem partido, num deserto
em que nem abutres o vem rondar, pois nem mesmo carniça lhes pode dar.
Tijolaço.
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