O colapso no fornecimento de oxigênio para centenas ou
milhares de brasileiros e brasileiras que estão internados nos hospitais de
Manaus estava mais do que avisado e era mais do que sabido que isso causaria a
morte de muitos deles, com os pulmões atacados pela infecção.
Os
pedidos de ajuda à União – e também a outros estados – foram muitos e em vão.
Hoje,
funcionários dos hospitais, desesperados, transportavam em macas os poucos
cilindros que conseguiam ou que eram trazidos por parentes dos pacientes,
arrumados sabe lá Deus como.
O
Ministério da Saúde sabia do desastre iminente, o Ministro da Saúde sabia da
tragédia anunciada e o presidente da República, com quem Pazuello tratou do
assunto hoje cedo, sabia.
A
fabricante White Martins, que tem fábrica em Manaus, não dá conta de uma
demanda que quintuplicou em 5 dias e está pedindo ajuda para trazer mais cilindros da Venezuela,
sem que se saiba de qualquer apoio diplomático para isso.
Ao
contrário, o coronel Franco Duarte, representante do Ministério da Saúde no
Amazonas (sim, um coronel) prefere colocar a culpa nos pacientes que “não está
no leito de UTI” que, por ficar com o cilindro de oxigênio próximo a ele, abre
a torneirinha para ampliar o fluxo e ter uma “sensação de bem estar”.
Só
agora à noite estão chegando aviões da FAB com alguns cilindros, enquanto o
Amazonas tenta “exportar” doentes para outros estados e coloca Manaus sob toque
de recolher noturno, diante de mais um recorde de casos.
Que
nome merece esta gente?
Os
monstros de Manaus?
Como
é que meteram o Exército Brasileiro metido neste genocídio sem que tenhamos
generais que se indignem com a morte de seus compatriotas sufocados, sem ar,
numa agonia horrenda.
Será
que o “I can’t Breath” – “eu não posso respirar”, em inglês – vai ser o grito
silencioso dos manauaras?
Do Tijolaço.
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