O
Boletim do Imperial College de Londres, assinalando um crescimento de
mais de 35% no nível de transmissão da Covid-19 no Brasil deveria estar de
deixando de cabelo em pé as nossas autoridades sanitárias para que o “Dia D e
Hora H” da vacinação aconteçam logo.
O
índice de transmissão, identificado pela sigla Rt saltou de 1,04 para
1,41, o que quer dizer que, antes, se 100 pessoas infectadas transmitiam para
104 agora, nas mesmas circunstâncias, repassam o vírus para 140.
Em
tese, isso significaria um aumento semelhante no número de infecções,
internações e mortes em poucos dias.
Na
prática, vai significar exatamente isso. O renomado instituto inglês estima
7.640 mortes na semana começada ontem, o mesmo número que a pior semana já
registrada até agora, a de 19 a 25 de julho.
Embora
seja suficiente para interromper esta avalanche de mortes e de internações
hospitalares, a vacina do Butantã, pelo perfil de testes ultra-severos
aplicados em sua fase 3 (apenas pessoas de serviço hospitalar, expostas
fortemente ao Sars-Cov2) e pelas inúmeras chicanas antes de apresentar-se o
número modesto numa “guerra de eficácia” que tem inconfessáveis objetivos
comerciais. sofreu hoje um baque de confiança que vai ajudar o Governo Federal
a postergar o início da vacinação, se é que não vão voltar atrás na compra dos
imunizantes do Butantan.
A
campanha dos bolsonaristas antivacina está exultante e criando a crença de que
a vacina é inútil. O chefe deve estar se coçando para dizer o mesmo e talvez o
faça.
Estamos
cada ver mais num mato sem cachorro, ou sem vacina, porque os dois milhões que
viriam da Índia, é claro, vão demorar e, mesmo assim, não se funcionam para uma
campanha de vacinação massiva e em todo o nosso território.
Do Tijolaço.
0 comments:
Postar um comentário