Primeira
pesquisa de empresa conhecida – e vista com muitas reservas, frise-se – o
levantamento divulgado hoje pela Paraná Pesquisas, indicando que Sergio Moro
teria entre 10,7% e 11,2% das intenções de voto, em perguntas estimuladas ficou
aquém, e bem aquém, do que esperavam os que cultuam a ideia de que o ex-juiz
pudesse ter, ainda, o papel de justiceiro que lhe deram mídia, conservadorismo
e o grande capital.
Moro
ficou pouco mais além do que sempre pontuou e isso quer dizer que teve pouco
mais de um terço das declarações de voto dadas ao seu ex-chefe, Jair Bolsonaro,
que segue em segundo, atrás de Lula, mesmo sendo a Paraná Pesquisa a que dá
resultados mais modestos, sempre, ao ex-presidente, bem como maiores índices de
rejeição.
Quem
sentiu o baque foi Ciro Gomes, que perdeu o “estrelato” da 3ª Via para o
ex-juiz e amargou perto de seis pontos, metade do que teve na disputa de 2018.
Ao que parece, é candidato a Marina Silva.
A
pesquisa, como outras da Paraná, é dirigida para fortalecer a ideia de que
haveria uma tendência forte entre os eleitores por um voto “nem Lula, nem
Bolsonaro”. Mas nem isso consegue sustentar, registrando que apenas 17,1% dos
entrevistados optariam por isto.
Numa
redução ao que sugere o Sr. Moro, este seria seu teto de votos num primeiro
turno.
Parece
certo que, em dias bem próximos, teremos pesquisas com maior grau de
confiabilidade a mostrar que Moro não é nem mesmo uma Space-X capaz
de decolar rapidamente para grandes altitudes, ainda que para um vôo curto.
Resultados
assim estão longe de ser um triunfo para Moro e não lhe abrem as portas de um
sucesso eleitoral.
Afinal,
ao contrário do que foi Bolsonaro-2018, ele não é uma surpresa, mas um velho
conhecido.
Tijolaço.
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