Não
é crível que a liderança da bancada do PDT na Câmara tenha fechado um acordo
com o governo e Arthur Lira sem o conhecimento do presidente do partido, Carlos
Lupi, ou do seu futuro candidato a presidente, Ciro Gomes.
Faz
tempo que inventaram o telefone, a internet e, pelo menos, os aplicativos de
mensagem. Nem um zap, mesmo se tratando de uma decisão crucial para o governo
do qual o partido é oposição?
Por
isso, não dá para levar muito a sério esta história de que Ciro vai “suspender”
sua candidatura. O que é “suspender” uma candidatura extra-oficial e sem os
mecanismos próprios de comunicação de uma campanha (rádio, tv, impressos,
material de campanha em geral).
Não
é nada, senão uma frase de efeito para os tolos, porque nem mesmo vai se
trancar em casa e não fazer visitas, palestras, entrevistas e tudo o mais que,
nesta fase, é “campanha”.
Diz
que fica “suspenso” até que os meninos governistas que emporcalharam o PDT
mudem de ideia e, na votação de segundo turno, “votem direitinho” e passem na
“segunda época”.
Além
de inverossímil, a explicação de Ciro, se for verdadeira, indica uma completa
incapacidade política de agregar e dirigir. Como não saber que algo tão grave
está se passando dentro de uma bancada de apenas 25 deputados, dos quais 21
estiveram na votação e 15 aderiram a Bolsonaro?
Mesmo
que pretenda, não vai “consertar” o governismo de mais da metade dos deputados
de sua base. Brizola, a quem repugnaria uma atitude destas do partido que criou
e organizou nacionalmente lembrava sempre do dito gaúcho de que “cachorro que
comeu ovelha não tem mais jeito.
Pois
é, deputado que comeu emenda também não.
Aliás,
vejam que vergonha as bancadas dos outros candidatos da 3ª via: governismo
escancarado.
Tijolaço.
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