O
“mico” pago pela Folha, esta tarde, é daqueles antológicos.
Publica,
como manchete do site, a informação de que “Justiça Eleitoral arquiva inquérito contra Alckmin por suspeita
de caixa 2“, exatamente na mesma posição em que, ontem, dera a manchete de
que uma delação sobre isso teria sido “homologada“.
Poucos
minutos depois, a machete “caiu” lá para o pé da homepage, com um
“reforço” em que diz que a Justiça teria “aceito”outra acusação, desta vez
relativa a supostos repasses da Odebrecht às campanhas do ex-governador.
O
caso é uma barafunda, porque o próprio acordo de delação foi “reformado” pelo
ministério público porque, segundo publicou o Estadão, no ano passado, o “Conselho Superior do MP de São Paulo anula [anulou] acordo
de R$ 700 milhões de Promotoria com Ecovias e arquiva [arquivou] inquérito
sobre cartel, caixa 2 e propinas a políticos“.
Sem
acesso ao inquérito, que está sob sigilo, é evidente impossível opinar sobre
seus fundamentos e afirmar se há indícios suficientes ou tudo repousa apenas na
palavra de um delator, o que não é aceito pela Justiça, óbvio.
Daí,
porém, a sair catando casos que possam amenizar o seu – sejamos gentis – erro
de ontem, a conversa é outra.
Só
o fato de um jornal desmentir-se (sem admitir que o está fazendo) de um dia
para o outro mostra que a coisa parece ser uma folhice do mesmo tipo
da “catação” de críticas de Boulos a Alckmin em campanhas anteriores, dizendo
que o líder dos sem-teto “em breve, terá que “balançar a cabeça positivamente
para o ex-tucano, pois ambos estarão juntos na aliança em torno da candidatura
presidencial de Lula”.
Ora,
o fato de que Boulos não pensa igual a Alckmin – e que nenhum dos dois pensa
igual a Lula – é o que torna importante a aliança eleitoral dos três na
campanha presidencial, evidenciando que não se precisa pensar igual em tudo
para considerar que nada é mais importante que barrar o caminho do
autoritarismo e tirar o país da situação desastrosa em que está.
Se
não houvessem tantas diferenças e por tanto tempo, a aliança não teria
importância alguma.
Tijolaço.
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