Gustavo
Queiroz e Luiz Vassallo, d’O Estado de S.Paulo, desenham neste domingo o
clima fúnebre da campanha do ex-juiz Sergio Moro à Presidência, segundo eles,
“marcada nos últimos meses por eventos pouco concorridos e sem a presença de
líderes partidários”.
“O
ex-juiz tem participado de eventos com público reduzido, nos quais fala,
basicamente, para antigos apoiadores e fãs da Lava Jato. E ainda não conseguiu
arregimentar apoios relevantes. Moro enfrenta desgastes internos no Podemos.
Diante dessa situação, ele se cercou de um grupo de confiança, apartado da
cúpula do partido. A exemplo do ex-juiz, alguns dos integrantes desse núcleo
são novatos em eleições”.
A
preocupação central de Moro, é que o Podemos estaria “rifando” a sua
candidatura, para não ter de gastar nela a sua cota do Fundo Eleitoral.
O
remédio, então, é fazer uma “caixa privada” de campanha, com uma meta de
“arrecadar R$ 25 mil por mês de um universo de aproximadamente 40 empresários.
A ideia é ter R$ 1 milhão mensal para a campanha.”.
Como
não há (em tese) financiamento privado de campanha, estas doações teriam de ser
ao seu partido, o Podemos, para que fossem repassadas à campanha, mas o partido
diz que não existe qualquer combinação para isso.
Os
repórteres descrevem sua relação com o partido como ‘separação de corpos’, ou
seja, apenas a de manter a fachada.
Pior
que não ter dinheiro é não ter palanques estaduais, que ajudam a empurrar uma
candidatura: segundo levantamento de O Globo, Moro só tem candidato definido no Distrito
Federal, José Antônio Reguffe e duas alianças encaminhadas, no Paraná e no Mato
Grosso do Sul. Ou seja, 10% dos estados brasileiros.
No
mais importante deles, São Paulo, tinha um, ainda que ridículo, mas o “Mamãe
Falei” acaba de mergulhar numa lata de lixo.
Moro
pode jurar de pés juntos que não troca de candidatura, para senador ou
deputado, mas a realidade da política o está empurrando a isso.
Um
pena, porque seria mais didático que ele permanecesse candidato, com um ou dois
por cento, para ser reduzido ao tamanho que tem.
Tijolaço.
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