Acachapante,
de mais de dois por um, a derrota da proposta da volta do voto em papel – o
relatório do deputado Felipe Barros propunha isso e apuração manual da votação
– por 23 votos a 11 na comissão que analisava o projeto é mais do que garantia
de que não há maioria de 2/3 dos votos necessária a aprovação e uma emenda
constitucional com este teor no plenário da Câmara.
Agora,
Jair Bolsonaro terá de confrontar não apenas o Judiciário, mas também o
pronunciamento do Legislativo, por mais que queira se esconder numa alegação de
que foi Luiz Roberto Barroso o responsável por este placar.
Forçar
a barra para levar ao plenário a proposta será uma tática desastrosa à qual
Arthur Lira não aderirá, porque é uma fórmula pronta para atestar sua
incapacidade de conseguir uma maioria para emendas constitucionais que não terá
só por estalar de dedos.
Igualmente,
fica mais difícil, com o resultado de hoje e mais ainda com uma votação em
plenário, para Bolsonaro agitar a proposta como “um desejo do povo”, ainda que
ele vá permanecer agitando o tema, até que arranje outro para criar confusão.
Parece
pouco, mas a derrota do desafio bolsonarista no Legislativo deixa em 2 a 1, por
enquanto, o jogo entre Poderes que não deveria existir, mas precisa existir
agora, mais que nunca, pela preservação, ao menos, da democracia formal que
permita ao brasileiro e à brasileira corrigir os rumos do país.
Tijolaço.
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