A
Advocacia Geral da União, num completo desvio de finalidade da sua função de
defender o Estado brasileiro, bem poderia trocar seu nome para “Advocacia Geral
do Jair”, fazendo par com o Ministério “Impudico” Federal na tarefa de
blindarem o atual Presidente da República de qualquer consequência de seus
atos.
Agora,
pede o arquivamento da investigação sobre o patrocínio presidencial aos
“pastores do MEC”, dizendo haver apenas uma “menção indevida” a Jair Bolsonaro
no áudio em que o ex-ministro da Educação, Mílton Ribeiro, diz que atendê-los é
um “pedido do Presidente”.
Em
outro front, no Congresso, cuida-se de fazer alguns acertos para que senadores
retirem suas assinaturas de apoio a uma CPI do MEC, para apurar estes e outros
fatos, em troca do que deixo ao leitor imaginar.
A
economia com que tratei esta natimorta CPI já era fruto da constatação de que, no
Brasil de instituições corrompidas que há hoje, nada é capaz de furar a
blindagem de impunidade que se construiu ao redor dele.
Nem
mesmo um possível crime de morte encomendada, como sugerem as gravações da
família do ex-PM miliciano Adriano da Nóbrega anima promotores e procuradores a
investigar.
Nem
aquela morte, nem as quase 700 mil outras que restaram da pandemia
criminosamente “enfrentada” com Ivermectina, Cloroquina e outras prescrições
charlatãs.
Esqueçam
qualquer possibilidade de que Jair Bolsonaro venha a ser responsabilizado por
estas e quaisquer outras barbaridades.
O
sistema de Justiça no Brasil só voltará a existir com a sua saída do poder,
isso se não for bem sucedido em continuar nele, mesmo derrotado eleitoralmente.
Tijolaço.
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