O
afastamento do presidente do PSDB, Bruno Araújo, do comando da campanha de João
Dória – lugar em que, todos viram, só desempenhava o papel de sabotador – é só
mais uma das pás de cal que vai sendo depositada sobre aquele que foi, goste-se
ou não, o partido da direita no Brasil desde o início dos anos 90.
O
que resta a Dória são os cacos do que fez como governador do Estado – aliás,
num desempenho que esteve longe de ser desastroso – mas que mostra que não tem
significado político nacional, e que torna o tucanato menos do que sempre foi.
Se não passava das fronteiras de São Paulo, apenas atraía com o poder deste
estado, agora nem mesmo para dentro das terras paulistas já funciona.
Nem
mesmo a candidatura à sua sucessão, um “implante” do DEM no tucanato feito por
João Doria, vai bem das pernas: Rodrigo Garcia tem 6% e dá sinais de que
esconderá o patrono na campanha.
Entre
os adversários de Doria dentro do partido, a situação não é melhor, com Eduardo
Leite fazendo reuniões e articulações (?) não se sabe em nome de quem, além dos
dirigentes nacionais que sabotam as próprias prévias internas que anunciaram
como uma revolução na vida partidária.
Em
apenas seis anos, desde que foi candidato a prefeito de São Paulo, Doria
adonou-se do berço do tucanato, numa escalada de traições e oportunismo que
levou o PSDB a estar perto da dizimação total em seu maior e agora último
reduto.
O
PSDB em franco declínio leva a eleição em São Paulo, também, para uma ievitável
polarização, porque Tarcísio de Freitas já vai se consolidando como o candidato
do bolsonarismo, em oposição a Fernando Haddad.
Incrivelmente,
Marcio França, inimigo figadal de Dória, teima com sua candidatura de olho no
espólio tucano pode deixar Fernando Haddad numa situação perigosa de, em lugar
de aliado, parecer rival de Geraldo Alckmin.
Tijolaço.
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