Cunha
reavalia silêncio e contrata advogado para fazer delação premiada
Em meio ao
noticiário de que o operador Lúcio Funaro pode fechar um acordo de delação
premiada no âmbito da Lava Jato, o ex-presidente da Câmara e deputado cassado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) segue o mesmo caminho.
Cunha
contratou o criminalista Délio Lins e Silva Júnior, de Brasília, com esse
objetivo; delação de Cunha pode ser a última cartada do procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, contra Michel Temer, que acabou não caindo com a
delação da JBS, apesar de incriminá-lo diretamente.
Depois de
Lúcio Funaro, apontado como operador de propinas do ex-deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), corre a notícia de que o próprio ex-presidente da Câmara esteja no
caminho para firmar acordo de delação premiada no âmbito da Lava Jato.
Até então, a
defesa de Cunha, que está preso desde outubro, era reticente sobre o assunto.
Mas segundo reportagem do Valor Econômico, ele estaria reavaliando esse
silêncio e já teria contratado um advogado com este objetivo, o criminalista
Délio Lins e Silva Júnior, que tem escritório em Brasília.
A delação de
Cunha pode ser a última cartada do procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, contra Michel Temer, que acabou não caindo com a delação da JBS, apesar
de incriminá-lo diretamente. A delação de Funaro, se efetivamente realizada,
também pode complicar ainda mais a vida de Temer.
Cunha foi
condenado a mais de 15 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro, de Curitiba. A
delação também seria uma última esperança do peemedebista junto a Janot, para
que não cumpra mais de uma década em regime fechado. Segundo o Valor,
"advogados receberam a indicação de que Cunha terá que entregar pessoas
com quem convivia no mesmo nível, e que estivessem acima dele, para que sua
delação seja aceita".
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