sexta-feira, 16 de junho de 2017

Lúcio Funaro é a bomba da vez, diz velha mídia O Globo e Veja

Na manchete de O Globo e na edição de Veja, a estrela da lama deste final de semana é o doleiro Lúcio Funaro, que, segundo a revista, “tinha pleno conhecimento de como funcionavam os esquemas de corrupção que abasteciam o cofre do PMDB”.

Ou não é tudo ou é muito pouco para sustentar um acordo de delação com um escroque no naipe de Funaro, o que levanta especulações sobre o que haverá, em relação a ele, no relatório da Polícia Federal que será apresentado na segunda-feira, prazo dado pelo Ministro Edson Fachin.

Certamente não seria por conta de uma informação genérica que Funaro estaria sendo chamado pela ribalta.

Mas ele pode integrar uma “segunda fase” da ofensiva de Rodrigo Janot que, disse ontem o Estadão, seria “fatiada”, para manter o fogo alto e impedir que Temer consiga, de uma só vez, fazer a Câmara mandar  sustar o processo no Supremo Federal.

Eliane Cantanhêde, em sua coluna de hoje, diz que, na primeira fase da denúncia, o mais “quente” será a relação entre Temer e a JBS por intermédio do coronel reformado João Baptista Lima, e a reforma da casa de Maristela Temer:

“Como parecia claro desde o início, o que vai se configurando como mais grave e concreto contra o presidente Michel Temer é a relação dele com o coronel PM João Baptista Lima, o “coronel Lima” das delações da JBS. Por enquanto, e até surgirem fatos novos, bem mais grave e concreto do que a mala de R$ 500 mil do ex-assessor Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e a fita gravada clandestinamente por Joesley Batista.

Tudo parece indicar que foi a JBS quem pagou a reforma da casa de uma das filhas de Temer, em São Paulo. O dinheiro sairia da empresa sob pretexto de doação de campanha, iria parar na empresa do coronel Lima e dali sairia para o pagamento de arquitetos e fornecedores de material para a obra.”

Pode ser, porque há quatro dias o Jornal Nacional explora o tema, agora com uma intervenção do chefe de Gabinete de Temer em São Paulo numa obra no apartamento da mãe de Marcela, Norma Tedesco.

Num terreno pantanoso, tudo é imprevisível, menos a lama. O fato é que o destino do país ainda seguirá por um longo tempo – cujo fim não está à vista – onde dependemos do que alguém diz que alguém fez e outro alguém decide se devemos ou não saber disso.

E nada do povo poder falar por si mesmo, pelo voto.

Do Tijolaço

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