A
decisão de Ricardo Lewandowski de que é assunto interno do Senado a marcação da
sabatina de André Mendonça, até agora o indicado de Jair Bolsonaro para a vaga
deixada por Merco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal era juridicamente
esperada – o STF tem a tradição de não interferir nas questões que juga interna
corporis das casas legislativa, mas isso não as exime de provocar efeitos
políticos.
Alcolumbre
ganha fôlego para procrastinar o exame do nome terrivelmente evangélico na
Comissão de Constituição de Justiça que preside e que tem, na sua composição,
um cenário menos problemático para a aprovação do nome do ex-ministro da
Justiça que aquele que existe no plenário do Senado.
Tempo
para o ex-presidente do Senado esperar a troca de integrantes da Comissão e
assegurar um resultado negativo, enquanto Mendonça terá de se sustentar com a
solidariedade apenas formal de Bolsonaro e a dos “líderes” evangélicos Silas
Malafaia e Marco Feliciano, para quem outro evangélico, mais “seu”, pode ser a
indicação-solução.
O
moralismo tolo de alguns senadores de oposição, que acham que Mendonça seria a
chance da ressurreição do lavajatismo no Supremo é a última esperança de
Mendonça, como se alguém pudesse ser defensor da honestidade quando não se peja
de misturar religião e política e, pior, tornar-se aliado incondicional de
Bolsonaro em troca de um posto elevado no sistema de Justiça.
Opa!
O que digo eu? Não foi exatamente isso o que Sérgio Moro fez?
Tijolaço.
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