Se
Jair Bolsonaro fosse um homem de sentimentos, bem se poderia dizer que sua
visita à Itália pudesse ser dedicada a um “turismo sentimental”, para visitar a
pequena vila de onde saiu, há 130 anos, seu bisavô paterno Vittorio Bolzonaro e
uma passagem pelo Monumento de Pistóia, onde estiveram enterrados os corpos dos
pracinhas brasileiros mortos na 2ª Guerra Mundial, há muito trasladados para o
Brasil, onde repousam, desde 1960, junto ao Aterro do Flamengo, no Rio de
Janeiro.
Da
única agenda oficial que tem, quase nada se sabe: não se tem os registros das
reuniões de amanhã do G-20, grupo dos países mais poderosos do mundo que, em
tese, prepararia a Cúpula do Clima, que começa segunda-feira em Glasgow, na
Escócia. Para lá, Bolsonaro não vai, segundo o seu vice, general Hamílton
Mourão, para que não lhe joguem pedras.
Embora
tenha sido outra coisa, esterco, o que jogaram às portas da prefeitura da vila
de Anguillara Veneta, de apenas 4 mil habitantes e uma prefeita de extrema
direita que resolveu homenagear o presidente brasileiro.
La
dolce vita de Bolsonaro em Roma incluiu comer salame e um passeio ao lado
de Carluxo pelo centro histórico de Roma e à famosa Fontana di
Trevi.
Certamente,
a cena não foi nada semelhante à do La Dolce Vita de Federico
Fellini, onde a linda Anita Ekberg entra nas águas e convida Marcello
Mastroianni a entrar também. Bolsonaro evitou qualquer encanto: nem a
tradicionalíssima moeda jogou à fonte, como fazem milhares de visitantes,
desejando voltar à cidade eterna.
Tijolaço.
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