“Perdidão”
após a sair do auditório onde suportou a reunião da cúpula do G-20, em Roma,
Jair Bolsonaro saiu foi procurar alguém que estivesse tão isolado quanto ele e
achou.
Intrometeu-se
na conversa entre o social democrata Olaf Scholz, favorito para ocupar o lugar
de Ângela Merkel como premiê da Alemanha, e Recep Erdogan, presidente da
Turquia ( pessoa de quem os governantes europeus procuram manter distância),
ignorando o alemão, que ele, leigo em relações internacionais, nem sabia quem
era.
Com
o turco, foi ver se com “colava” a história de que “a economia [está] voltando
bem forte”, que ele [Bolsonaro] tem um grande apoio popular, mas que
“a mídia, como sempre, [o está] atacando.
Quando
Erdogan lembrou que o Brasil possuía muito petróleo e perguntou pela Petrobras,
o sem-noção aproveitou para desancar a principal empresa brasileira, dizendo,
com ar desolado, que ela “é um problema” e que há muita reação à quebra de
monopólios, embora não se saiba, infelizmente, de alguma reação mais forte a
isso.
E,
de quebra, fez questão de dizer, como se isso fosse agradar Erdogan, que
enfrentou enormes dificuldades políticas com o poderoso exército turco, que, no
Brasil, “um terço dos ministros [é de] militares profissionais”.
O
presidente turco, nas imagens gravadas pelo jornalista Jamil Chade, do UOL,
não demonstra qualquer simpatia a Bolsonaro e nem mesmo chega a mover o rosto
ao ouvir as palavras do “Mito”, terminando a conversa “sem qualquer
entusiasmo”, descreve o correspondente.
É
impressionante o despreparo e a falta de jeito de Bolsonaro como chefe de
Estado. Confunde a promoção do Brasil com a sua própria e não sabe sequer do
que tratar. Por exemplo, da crise cambial que atinge violentamente os dois
países neste momento.
Mas
já acabou a parte chata da viagem de Bolsonaro, agora é só turismo.
Tijolaço.
0 comments:
Postar um comentário