Subiu
um degrau a disputa pela aprovação de André Mendonça para a cadeira deixada
vaga por Marco Aurelio Mello.
Jair
Bolsonaro acusa Davi Alcolumbre de “estar jogando fora das quatro linhas da
Constituição” ao retardar a votação da aprovação do seu indicado para o
Supremo.
Mas,
para quem deixou, durante três meses, Mendonça abandonado às feras senatoriais,
a reação parece falsa e tardia.
Quem
está brigando – menos por Mendonça e mais pela indicação de alguém ligado a
pastores-políticos – são os líderes bolsoevangélicos que ameaçam com
o inferno (e a não-reeleição) o senador do Amapá.
Alcolumbre
dobrou a aposta e agora manda dizer que é capaz de segurar até 2023 a sabatina
de Mendonça. O que, claro, não aconteceria, porque o novo presidente eleito
teria o poder de retirar o nome bolsonarista e indicar alguém que julgasse mais
conveniente.
O
que, claro, não vai acontecer, porque o objetivo de Alcolumbre é “fazer” o novo
ministro, provavelmente Augusto Aras.
O
objetivo não é protelar a sabatina e o “vestibular” de Mendonça, mas assegurar
a sua rejeição. O que, não duvide, agradaria a Bolsonaro.
Porque
o senador sabe que há remotíssimas possibilidades de que Jair Bolsonaro retire
o nome de Mendonça e promova um “racha” em sua base nos pastores evangélicos.
Mas
levar a uma possível rejeição de seu nome, na Comissão de Constituição e
Justiça ou no plenário expandiria para outros senadores (e candidatos)a
“maldição” evangélica sobre seus nomes.
Isso,
é claro, vai acabar em “negócio”, pela impossibilidade de todas as partes em
impor suas preferências. Se é que são suas preferências, pois Mendonça parece
mais o candidato do morismo, o que o deixa como suspeito entre os
próprios bolsonaristas.
Cada
vez mais se suspeita que não teremos um “ministro terrivelmente evangélico”,
mas um candidato a vice “terrivelmente pastor”.
Tijolaço.
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