
A
decisão do TRF4 ocorreu após os depoimentos, uma vez que o pedido do advogado
Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, chegou ao tribunal às 13h22, de
conforme consta no documento. A decisão reconhece ainda que os advogados de
Lula foram surpreendidos no final desta manhã com documentos juntados pelo
Ministério Público Federal para depoimentos no início da tarde.
O
Tribunal determina que, como não houve tempo hábil para que a defesa de Lula
acessasse os documentos juntados, as audiências realizadas nesta segunda sejam
então repetidas "após as defesas tomarem ciência do conteúdo integral das
mídias anexadas". Foi fixado o prazo de três dias para que a defesa acessasse
as novas mídias. "Transcorrido o prazo, tais testemunhas devem ser
reinquiridas", diz o documento.
Quando
pediu a suspensão das audiências, o advogado de Lula argumentou, por meio de
habeas corpus, que o pedido estava "baseado na violação das garantias do
contraditório, da ampla defesa e da paridade de armas".
"O
Juízo deu ciência às partes no final da manhã de hoje (05/06) sobre documentos
juntados pelo MPF sobre delações de executivos do grupo Odebrecht, para uso
durante a oitiva de Emílio Odebrecht e Alexandrino Alencar. Neste momento, a
defesa observou a impossibilidade de análise do material até as 14 horas e
requereu a redesignação desses depoimentos. O pedido foi negado sob a alegação
de 'economia processual'", embora o próprio magistrado reconheça o prejuízo
à defesa ao autorizar antecipadamente pedido de reinquirição das testemunhas,
se houver requerimento", afirmou Cristiano Zanin Martins.
Acesse aqui a íntegra da decisão do TRF4.
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